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Calcula-se que os dekasseguis enviem para o Brasil US$ 2 bilhões por ano, sendo US$ 600 milhões ao Paraná. Para os nikkeis, o dinheiro tem duas aplicações principais: comprar a casa própria e abrir um negócio. No segundo caso, é preciso ajuda. No fim dos anos 90, o Sebrae notou que o índice de sucesso entre os dekasseguis que abriam empresas era muito baixo, de 20%, contra a média nacional de 70%. A razão para tantas iniciativas frustradas era uma combinação de dinheiro demais e pouca experiência.

"Até 2000, os ganhos no Japão eram muito altos. Quem voltava aplicava sem muito critério", lembra Marcos Aurélio Gonçalves, coordenador do Projeto Dekassegui Empreendedor, do Sebrae. "Foi ficando mais difícil ganhar dinheiro, ao mesmo tempo em que aumentou a quantidade de informação à disposição dos dekasseguis." Hoje, os nikkeis acompanhados pelo Sebrae têm uma taxa de sucesso muito alta: 99% das empresas sobrevivem aos primeiros três anos. Com o retorno de muita gente que está fugindo da crise, o Sebrae tem sido mais solicitado – o número de consultas passou de 200 para 300 por mês. O dekassegui traz em média US$ 50 mil para aplicar no novo negócio, geralmente bares, lanchonetes e pequenas franquias.

A maringaense Eliane Patrícia Shibata ficou quase cinco anos no Japão, onde vivia com o marido, Marcelo, na cidade de Toyokawa, na província de Aichi. Os dois têm feito cursos no Sebrae para decidir como investir as economias. Eliane dá os primeiros passos no seu negócio de preparação de temperos caseiros, enquanto Marcelo trabalha em uma fábrica na região de Maringá. "Estamos vendo outras possibilidades, como franquias, loja de informática, representação. Mas ainda não decidimos o que fazer", diz Eliane. (GO)

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