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Nas ruas de Genebra, ativistas tentaram retomar os protestos que marcaram o movimento antiglobalização do início da década, quebrando vidraças de bancos, lojas de luxo e carros. A polícia interveio com gás lacrimogêneo para evitar que os manifestantes chegassem à sede da OMC. A violência foi registrada em diversas partes da cidade e feridos foram levados aos hospitais. A polícia não informou se havia detidos.

O protesto voltou a gerar as imagens que, há dez anos, deram a volta ao mundo dos manifestantes impedindo que negociadores iniciassem a conferência em Seattle para lançar negociações comerciais. Desta vez, o alvo dos ataques não eram apenas os países ricos.

Agricultores de países em desenvolvimento se queixaram de que as exportações agrícolas brasileiras estão levando produtores de outros países ao suicídio. "Os produtores de açúcar na Índia não podem competir contra a importação cada vez maior do Brasil e começam a cometer suicídios", disse Afsar Jafri, ativista da entidade Focus on the Global South, da Índia. "Aqui não é mais uma questão Norte contra Sul. Hoje, a questão é bem mais complexa."

Cerca de 4 mil pessoas saíram do centro de Genebra em direção ao edifício da OMC. "O que estamos dizendo é que o modelo defendido pela OMC é exatamente o que nos levou à crise mundial. Não podemos aceitar", disse Lori Wallach, uma das organizadoras do protesto.

Com cartazes, bandeiras e gritos de guerra, manifestantes coreanos também se juntaram ao protesto. Três deles foram detidos já no aeroporto e deportados. O governo suíço explicou que representavam uma ameaça à ordem pública. "O mundo não pode aceitar a existência da OMC. Todas as crises que enfrentamos é resultado da entidade e de suas políticas", afirmou a líder dos agricultores coreanos, Yoon Sum.

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