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Reunião entre a Serpro e os trabalhadores termina sem acordo; greve é mantida

Não houve acordo na reunião realizada na sede de Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), em Brasília, entre representantes da empresa e dos trabalhadores nesta terça-feira (27). Dessa forma, a greve continua por tempo indeterminado e não há data marcada para nova reunião entre as partes.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação do Paraná (Sindipd-PR), Júlio César Justi, os trabalhadores reduziram os benefícios pedidos na proposta feita ao Serpro nessa terça. No entanto, os índices são maiores do que aqueles que o governo federal oferece e por isso não houve acordo.

Na reunião dessa terça-feira os colaboradores reivindicavam reajuste salarial de 8% e abono salarial de R$ 2 mil. Anteriormente, o aumento pedido era de 8,5% e o abono era de R$ 3 mil. Já o governo federal oferece reajuste de 5,3% e abono salarial de mil reais.

Outra questão em que não houve acordo foi o período de validade do acordo coletivo. O governo quer que seja fechado acordo para dois anos, mas os servidores não aceitam essa proposta e querem que a campanha salarial seja discutida anualmente.

Prejuízos à população

Os servidores de São Paulo, Minas Gerais e do Piauí entraram em greve nessa terça-feira. Dessa forma, ao todo trabalhadores de 13 estados aderiram ao movimento: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pernambuco e Ceará.

Justi afirmou que com a entrada dos servidores de São Paulo na greve haverá prejuízos à população. Isso porque as principais bases da Serpro aderiram ao movimento. Elas se concentram no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em São Paulo, sendo que esse último estado é o principal centro de processamento de dados.

Sendo assim, serviços como a restituição do imposto de renda, o pagamento dos servidores federais, a emissão de passaportes, entre outros que dependem do processamento de dados poderão sofrer atrasos. Os serviços não serão paralisados, mas funcionam com número reduzido de colaboradores. "Servidores da Serpro também atuam nas delegacias da Receita Federal, e com a greve o atendimento a população poderá ser afetado", afirmou Justi.

De acordo com o Sindipd-PR, 50% dos colaboradores da Serpro de Curitiba aderiram ao movimento, o que corresponde a 200 dos 400 servidores.

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