Terminou sem acordo a reunião entre representantes do governo, das centrais sindicais e de entidades de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sobre a reivindicação de um reajuste real para os benefícios de valores superiores ao do salário mínimo.

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O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), informou que foi marcada nova reunião sobre o assunto para a próxima terça-feira (dia 18), às 15 horas, quando as entidades e as centrais já deverão ter uma resposta de suas bases ao pedido do governo para que concordem com o arquivamento de todos os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional prevendo vários tipos de benefícios aos segurados do INSS. Segundo o deputado, a concordância com ao arquivamento foi colocada pelo governo como "premissa" para o avanço da negociação.

"Não saímos sequer dessa premissa, porque houve uma grande polêmica, já que não temos autorização de nossas bases para concordar ou não com isso", disse Pereira da Silva. O deputado Pepe Vargas (PT-SP), relator do projeto que extingue do cálculo das aposentadorias o fator previdenciário, relatou que, na reunião de hoje, o governo não revelou qual seria o índice de reajuste real a ser proposto, caso os segurados aceitem a condição. Segundo Vargas, o governo deixou claro, porém, que vê condições para concessão de um reajuste dos benefícios acima da inflação e que o porcentual já foi acertado entre o Ministério da Previdência e a equipe econômica do governo.

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Participaram da reunião - realizada nesta tarde no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência da República - os ministros da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, e da Previdência Social, José Pimentel, dirigentes das centrais sindicais e presidentes de entidades representativas de aposentados e pensionistas, além de líderes de partidos políticos na Câmara.

Nos bastidores da negociação, que já dura dois meses, as entidades de defesa dos aposentados e as centrais sindicais têm pleiteado um reajuste real dos benefícios de pelo menos 3%, o que significaria, segundo cálculos do Ministério da Previdência, uma despesa extra, em 2010, de R$ 3,6 bilhões.

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