Reguladores e executivos de Wall Street retomaram neste domingo as conversas para se chegar a um acordo de venda do Lehman Brothers e evitar que o combalido banco de investimento contamine os mercados financeiros com ativos a preço de banana.
O britânico Barclays parece ser o favorito para assumir o Lehman, excluindo os ativos relacionados a hipotecas que abateram o banco de 158 anos, de acordo com uma fonte.
Entre os que chegaram ao prédio do Federal Reserve de Nova York no início deste domingo estavam o presidente-executivo do Citigroup, Vikram Pandit, e Steve Black, que é co-presidente-executivo do JPMorgan Chase .
A segurança do lado de fora do prédio era ainda mais forte que no sábado, com cinco vans na frente da entrada e homens uniformizados evitando que jornalistas se aproximassem.
As conversas no sábado terminaram sem qualquer anúncio, mas o resultado provavelmente será uma separação dos ativos ruins do Lehman que poderão ser adquiridos em fatias pelos rivais, segundo fonte.
Havia informações conflitantes neste domingo sobre o tipo de acordo a ser definido. O Wall Street Journal informou em edição online que o Barclays estava aparecendo como o líder para assumir o Lehman, mas um acordo ainda dependia de apoio do governo.
O site financeiro dealbreaker.com afirmou que o Bank of America assumiria a maior parte dos ativos bons do Lehman, com o Barclays e o japonês Nomura Holdings também tendo um papel no acordo.
O jornal Sunday Express disse que Bank of America, Barclays e Goldman Sachs devem concordar com a divisão do Lehman, e o Barclays assumiria o braço de asset management.