A companhia de comunicação e informação financeira Thomson Reuters anunciou nesta terça-feira (29/10) que eliminará três mil postos de trabalho, o que, somado aos mil empregados que já demitiu este ano, o que representará uma redução total no quadro de funcionários de 9%.
O grupo anglo-canadense justificou os cortes de pessoal pela necessidade de "reestruturar e modernizar a companhia", e destinará US$ 350 milhões para desdobrar um plano que permita "acelerar" a contenção de despesas e efetivar a demissão dos três mil funcionários, a maior parte deles nos setores de finanças e risco.
"Acho que todo o mundo está tentando fazer mais com menos", disse em comunicado o CEO da empresa, Jim Smith, que assegurou que isto não significa que vá "minguar" a pressão para conter os custos da companhia.
"Dito isto, o que espero é que esta estratégia nos abra um caminho mais previsível voltado para o futuro", acrescentou Smith.
O anúncio aconteceu depois de a companhia apresentar também nesta terça os resultados do terceiro trimestre de 2013, que mostraram números positivos nas vendas líquidas pela primeira vez desde 2011, o que significa que as novas vendas (fundamentalmente a bancos e instituições financeiras) superaram os cancelamentos de antigos clientes.
Estas subscrições têm caráter anual, por isso o grupo de comunicação as vê como "um indicador-chave" para prever a receita futura.
"A era da perda de clientes terminou", se felicitou Smith.
Entre janeiro e setembro de 2013, Thomson Reuters teve lucro de exploração de US$ 1,303 bilhão, 36% a menos que os US$ 2,033 bi do mesmo período de 2012, enquanto a receita caiu 4%, de US$ 9,768 bilhões entre janeiro e setembro de 2012 a US$ 9,424 bi no mesmo período deste ano.
No terceiro trimestre, no qual mais se fixavam hoje os investidores, a empresa registrou lucro de exploração 15% inferior ao do terceiro trimestre de 2012 (de US$ 372 milhões no terceiro trimestre de 2012 para US$ 316 no deste ano), e viu cair seu faturamento em 3%.
Apesar de tudo, as ações do grupo de comunicação eram cotadas em alta hoje na Bolsa de Nova York.