O secretário de Estado de Indústria e Comércio, Ricardo Barros, pediu licença do cargo ontem para disputar a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), marcada para 3 de agosto. Além da função no governo estadual, Barros também deixou a presidência do Partido Progressista (PP) no Paraná. Até a definição do processo eleitoral, o diretor-geral Ercílio Santinoni assume o comando da secretaria. O deputado federal Nelson Meurer será o presidente do PP pelos próximos quatro anos.
A falta de consenso entre situação e oposição foi o principal motivo que levou Barros a lançar a sua candidatura. Antes mesmo da publicação do edital, os empresários Edson Campagnolo, candidato da situação, e Carlos Walter, da oposição, já haviam confirmado a inscrição de chapas na eleição da entidade o prazo termina em 8 de julho. Apesar do anúncio, Barros ainda acredita na possibilidade de consenso entre as partes. "A minha candidatura é para forçar a discussão. Vamos aguardar as próximas reuniões", afirma.
Campanha
Apesar da indefinição do cenário, Barros já iníciou uma campanha. Ontem, o candidato visitou alguns sindicatos em Curitiba, tarefa que vai repetir hoje em Maringá. "Até o fim da semana vou visitar todo o Paraná", afirma.
Sobre um eventual apoio do governador Beto Richa (PSDB) à sua candidatura, Barros deixou aberta a possibilidade. "Nós trabalhamos juntos no passado e vamos continuar trabalhando juntos", diz, fazendo referência à eleição do ano passado, quando era candidato ao Senado e participou de diversas ações ao lado de Richa. Ainda de acordo com Barros, a possibilidade de deixar a administração estadual já estava acordada com o governador antes mesmo de assumir o cargo de secretário de Indústria e Comércio.
A experiência como prefeito de Maringá e deputado federal por quatro mandatos será a plataforma de campanha de Barros. De acordo com o candidato, a indústria paranaense precisa retomar a competitividade, processo que somente é possível se questões como legislação trabalhista, desburocratização e investimentos avançarem. "Os conhecimentos que detenho são suficientes para que esses problemas se resolvam", diz.
Caso seja eleito presidente da Fiep, Barros não vai retomar as funções de secretário, apesar de não existir impedimento legal para o acúmulo de cargos. Ele apenas utilizaria o período entre agosto e outubro, quando ocorre a posse, para conduzir o processo de substituição.