O risco-país brasileiro voltou a atingir um novo patamar mínimo histórico depois de alcançar os 164 pontos-base, com queda de 1,20%, diante da melhora dos indicadores da economia. A notícia, que ajuda a atrair investimentos para o país, também contribui para a queda do dólar que, nesta terça-feira, fechou em baixa de 0,54%, cotado a R$ 2,0370 . Segundo dados do Banco Central, é o menor valor desde 6 de março de 2001, quando a moeda americana foi vendida a R$ 2,0340. No ano, a divisa acumula queda de 4,63%.
Nesta segunda-feira, o risco-país já havia batido um recorde ao fechar aos 165 pontos básicos. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse acreditar que o indicador poderá chegar a 100 pontos , mas não informou quando.
BOVESPA - Diante do cenário positivo também no exterior, com a diminuição da tensão entre Inglaterra e Irã e a queda nos preços do petróleo , a Bolsa de Valores de São Paulo seguiu, mais uma vez, os mercados americanos e encerrou os negócios em alta de 1,51%, a 46.288 pontos - próxima a máxima histórica de 46.452 pontos, registrada em 22 de fevereiro - com volume financeiro de R$ 4,524 bilhões.
Nos EUA, o Dow Jones subiu 1,03%, a 12.510 pontos; o Nasdaq teve alta de 1,16%, a 2.450; e o S&P avançou 0,93%, a 1.437 pontos.
Se o risco está a 170 pontos ou 165 pontos não faz muita diferença no curto prazo. O importante é que o investidor perceba a tendência de queda do indicador, que deixa o país cada vez mais perto da recomendação de investimento das agências classificadoras diz Eduardo Roche, analista de investimentos do Banco Modal.
Entre os setores que mereceram mais destaque de alta na Bovespa está o bancário. As ações da Companhia Vale do Rio Doce também tiveram fortes ganhos, de 3,48%, a R$ 66,54, favorecidas pela alta dos preços do metal no mercado internacional.
Por outro lado, as ações preferenciais da Petrobras recuaram 0,52%, a R$ 45,42, com a queda dos preços do petróleo em Londres e Nova York.
O único indicador econômico do dia foi o de venda de casas pendentes nos Estados Unidos, que registrou alta em fevereiro .
BÔNUS - O Tesouro Nacional anunciou nesta terça-feira a reabertura do bônus da República denominado Global 2017 a ser emitido nos mercados europeu e americano, no valor de US$ 500 milhões.
O título foi emitido, com cupom de juros de 6,00% a.a., com spread de 122 pontos-base acima do Treasury (título do Tesouro americano) com vencimento em 2017.
A emissão, liderada pelos bancos Morgan Stanley e Merrill Lynch, foi colocada ao preço de 100,796% do seu valor de face, resultando em taxa de retorno para o investidor de 5,888% ao ano. A liqüidação financeira ocorrerá no próximo dia 11 de abril e os cupons serão pagos nos dias 17 de janeiro e 17 de julho de cada ano, até o vencimento, em 17 de janeiro de 2017.
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