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Mercado

Risco-país sobe quase 5%. Dólar avança 2,64% e Bovespa cai 2.96%

O mercado financeiro intensifica, na tarde desta terça-feira, a tendência verificada na parte da manhã, de queda acentuada no Ibovespa e de altas expressivas do dólar e do risco-país. Também chamado de Risco Brasil, trata-se de um dos principais termômetros da confiança dos investidores na economia brasileira. Por volta das 15h15min, o EMBI+ Brasil, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, subia 4,87%, chegando aos 280 pontos.

No mesmo horário, o dólar ampliava a alta para 2,64%, sendo vendido a R$ 2,337. No mercado de ações, o Ibovespa caía 2,96%%, com 37.015 pontos.

No cenário externo, o mau humor dominou as bolsas asiáticas que fecharam em queda, assim como as européias ( leia mais ). O mesmo vai se verificando com as principais bolsas americanas.

Para o economista e diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Moura Nehme, há uma certa "ansiedade" no mercado por notícias novas, e com isto os ânimos ficam mais instáveis, o que acaba sendo repassado para o comportamento do preço dos ativos e indicadores.

— Sem convicções efetivas, restabelecem-se incertezas e inseguranças e, com isso, verifica-se uma tendência momentânea de operar com a pior perspectiva, o que acaba por colocar os mercados em panorama negativo — explica Nehme.

De acordo com analista, os dados mais recentes da economia americana até não têm sido ruins e propagadores de pessimismo, mas as manifestações inconclusivas do presidente do Fed, Ben Bernanke, alimentam as incertezas.

— Por isso, a ata da última reunião ainda continua sendo aguardada com expectativa nesta quarta-feira, pois pode trazer alguma sinalização do que Bernanke não soube ou não conseguiu transmitir para o mercado, ainda — diz.

A divulgação do índice de confiança do consumidor americano nesta terça-feira indicou forte queda para 103,2, abaixo dos 109,8 em abril, interrompendo os bons resultados desde novembro de 2005. A preocupação geral é com o curto prazo da economia, o mercado de trabalho e a renda do consumidor.

Ainda segundo Nehme, a reunião da Opep que se realiza na Venezuela, onde é possível que o presidente Hugo Chávez volte a criar algum tipo de polêmica, concentra igualmente as atenções dos analistas.

— Ao divulgar os recentes números de queda dos recursos dos investidores estrangeiros, a Bovespa revela que ainda há investidores, principalmente de grande porte, que esperaram uma relativa recuperação para então desfazer posições. Sexta-feira e ontem (segunda-feira) demonstraram bem esse cenário e, naturalmente, houve impacto de demanda de dólares no mercado, pressionando os preços — assinalou Nehme.

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