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O risco-país, que mede a percepção do investidor estrangeiro sobre o Brasil, caiu 12 pontos nesta terça-feira, o menor nível já registrado pelo J.P. Morgan. O EMBI+ brasileiro fechou o dia em 299 pontos centesimais. A sinalização do Federal Reserve, o Banco Central americano, de que a alta dos juros nos EUA está perto do fim fortalece a posição de países emergentes como o Brasil, porque juros menores nos Estados Unidos significam mais recursos para esses países. Na máxima, o risco chegou a 306 pontos e na mínima a 298 pontos.

A ata do Fed também provocou euforia na Bolsa de Valores de São Paulo. O índice Bovespa, que já operava em forte alta, subiu ainda mais depois da divulgação da ata e fechou a terça-feira com 3,08% e com uma pontuação de 34.540 pontos, o que é um recorde histórico na Bovespa.O volume financeiro chegou a R$ 2,444 bilhões.

O dólar voltou a cair no segundo pregão do ano. A moeda americana terminou o dia em queda de 0,38%, a R$ 2,329 na compra e R$ 2,331 na venda. Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a alta chegava a 3,08% m o Ibovespa atingindo recorde histórico de 34.540 pontos. O volume financeiro chegou a R$ 2,444 bilhões.

Na mínima, o dólar chegou a ser vendido por R$ 2,327 (queda de 0,56% sobre o fechamento de ontem). Pela manhã, subiu na expectativa dos leilões de compra.Depois de uma forte atuação na véspera, quando puxou a moeda para cima comprando dólares no mercado à vista e no leilão de swap reverso, o BC reduziu o ritmo de negócios e a moeda não se sustentou. O BC aceitou hoje apenas uma proposta no leilão de dólares no mercado à vista (taxa de corte de R$ 2,334), uma operação que vem ocorrendo quase que diariamente desde outubro.

No leilão de swap reverso, uma operação que equivale a uma compra de dólar no mercado futuro, o resultado também não foi satisfatório para o mercado. Dos 8.800 contratos ofertados, o BC vendeu 7.400, o equivalente a US$ 350,5 milhões. Na véspera, o BC vendeu 8.700 dos 8.800 contratos ofertados, em uma operação de US$ 412,5 milhões.

- O mercado esperava uma atuação mais forte do Banco Central nesta terça-feira, como foi na véspera. Por isso, a moeda não se sustentou - disse José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Corretora Novação.

Para o diretor da Novação, Mário Battistel, a extinção do teto para a compra de dólares pelos bancos, fixado em US$ 6 milhões, ainda não tem efeito prático. Ele disse que a possibilidade de a moeda americana subir muito é remota e, por isso, a medida serve mais para atualizar uma legislação antiga. A decisão do Banco Central foi anunciada na quinta-feira da semana passada e foi vista pelo mercado na ocasião como uma maneira de dar sustentação à cotação.

Um operador de mesa disse que a entrada de recursos ainda é positiva e, por isso, a tendência é de queda do dólar. O resultado da balança comercial brasileira confirma. O saldo acumulado da balança em 2005 chegou a US$ 44,764 bilhões, superando as expectativas do governo e do mercado financeiro, que apostavam em US$ 44 bilhões para o ano. As exportações totalizaram US$ 118,309 bilhões e as importações atingiram US$ 73,545 bilhões.

JurosSem rumo, juros fecharam em queda na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O Depósito Interfinanceiro (DI) de abril de 2006 caiu 0,12%, passando de 17,35% para 17,33% ao ano. O contrato de julho de 2006 teve queda de 0,06%. Nesse caso, o DI, que estava em 16,84%, ficou em 16,83%.

Também caiu 0,06% o contrato de outubro deste ano, passando de 16,56% para 16,55% ao ano. Para janeiro de 2007, o contrato mais negociado, a queda foi de 0,12%, passando de 16,40% para 16,38%. Para abril do ano que vem, o DI caiu 0,06%, de 16,20% para 16,19% ao ano.

Depois da ata conservadora de inflação do Banco Central brasileiro continua mais forte a expectativa de queda de 0,5 ponto percentual na taxa Selic. Até a semana passada, uma boa parte do mercado acreditava que seria possível um corte maior, de 0,75 ponto na Selic na reunião de janeiro. Nesta terça-feira, apesar da queda, o fechamento ficou bem próximo do resultado de ontem, segunda-feira. O mercado deve continuar sem rumo até a semana que vem, quando sairão os dados de produção industrial de novembro e o IPCA.

ParaleloO dólar paralelo em São Paulo fechou nesta terça-feira em queda de 0,40%, cotado a R$ 2,420 na compra e R$ 2,520 na venda. O dólar turismo terminou o dia em alta de 0,41%, a R$ 2,270 na compra e R$ 2,420 na venda.

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