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refeições coletivas

Risotolândia investe R$ 1,5 milhão para automatizar linha de produção

 | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
(Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)

Se a Risotolândia começou na década de 1950 como uma cozinha de refeição coletiva, o foco da empresa é se tornar cada vez mais uma indústria de alimentação com processos automatizados. A empresa investiu no último ano R$ 1,5 milhão para acelerar processos internos, como corte de frutas e preparo de alimentos. As melhorias garantem mais eficiência e assertividade na preparação e embalagem das mais de 500 mil refeições que são produzidas diariamente.

“Só não vamos automatizar as etapas que precisam do olho humano”, explica Carlo Domênico Túlio, coordenador de projetos da empresa. São etapas como a seleção, corte e limpeza de alguns alimentos, que ainda dependem do trabalho manual para garantir que o produto está adequado para o consumo.

As demais áreas estão sob constante estudo para implantação de máquinas e processos que reduzam o desperdício e melhorem a produtividade. É o caso do desenvolvimento de um contador automático de frutas, equipamento que faz a sanitização, enxague e contagem de laranjas, pêssegos, maçãs, peras e demais frutas unitárias.

O equipamento foi desenvolvido pelo setor de projetos da Risotolândia e tem capacidade para separar até 11 mil unidades por hora, com apenas cinco funcionários na operação. Antes, eram 11 pessoas que separavam 9 mil frutas por hora.

Os funcionários ficam encarregados apenas de depositar as frutas na esteira e retirá-las após a finalização do processo. A própria máquina faz a contagem e distribuição da quantidade exata de fruta por caixa. Esse processo ajudou a diminuir os erros em 3,75%.

O grupo também desenvolveu um forno contínuo para cozimento de carnes. Antes, o processo era feito por várias máquinas de pequeno porte que precisavam da presença constante de um funcionário. A empresa também aproveitou o novo equipamento para diminuir o número de frituras e ampliou o cardápio de assados. Isso reduziu a quantidade de óleo utilizada de 84 toneladas por ano para 18 toneladas ano.

O pacote de R$ 1,5 milhão de investimentos ainda inclui a renovação das máquinas da linha de pães, a câmara de resfriamento para pratos congelados e a máquina de marmitas. A produção de pães passou de uma média diária de 30 mil para 90 mil unidades e os funcionários não precisam mais retirar as massas manualmente e transferir de uma máquina para outra.

Já alguns itens da marmita, como feijão e arroz, passaram a ser distribuídos automaticamente através de bicos que impulsionam o produto, o que garante a precisão na quantidade. Uma marmita é embalada a cada dois segundo e meio.

Túlio explica que as melhorias garantem menos desperdício e mais precisão na distribuição dos alimentos, o que aumenta a produtividade do parque fabril. Se no começo o sonho do fundador da Risotolândia Carlos Antonio Gusso era produzir 3 mil pratos por dia, a empresa já produz mais de 500 mil refeições diariamente e trabalha para ampliar ainda mais a produção.

O grupo

Com 4,7 mil funcionárias e um faturamento médio anual de R$ 290 milhões, o Grupo Risotolândia atua há mais de 60 anos no ramo de refeições coletivas. As refeições produzidas nas fábricas de Araucária e São José dos Pinhais, ambas na Região Metropolitana de Curitiba, vão para escolas municipais e presídios da região. O grupo também atende empresas através do serviço de restaurante corporativo in loco. A Risotolândia fornece nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

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