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Mercado de trabalho

Ritmo de geração de empregos fecha em alta no primeiro trimestre

O ritmo de geração de empregos no Paraná durante o primeiro trimestre de 2006 foi mais acelerado do que no ano anterior. Foram criados no período de janeiro a março deste ano 31,5 mil postos de trabalho, 13% a mais do que em 2005. A abertura de vagas foi mais forte em janeiro e fevereiro, meses em que a operação tapa-buracos e as conferências da Organização das Nações Unidas (ONU) em Curitiba levaram a uma demanda atípica por mão-de-obra. Em março, o ritmo de contratações arrefeceu.

A pesquisa de emprego, divulgada ontem pelo Dieese, apresenta o segundo melhor saldo de postos de trabalho para o primeiro trimestre desde que a série começou a ser calculada, em 1992. O resultado é superado apenas pelo de 2004, quando foram criados 34,9 mil empregos no mesmo período. Na opinião do economista do Dieese Sandro Silva, os dados indicam que a recuperação deve continuar nos próximos meses, apesar de os números de março terem ficado abaixo do saldo do mesmo mês de 2005.

"Nos dois primeiros meses ficou acumulado um aumento de 74% no número de vagas abertas, na comparação com 2005", diz Sandro Silva. Em março, porém, houve uma inversão, com queda de 30% em relação ao mesmo mês do ano passado. "Já esperávamos esse ajuste, que é normal após dois meses muito fortes", analisa o economista.

Além das obras nas rodovias e das convenções da ONU, a antecipação da safra de cana-de-açúcar, o aquecimento na indústria de alimentos e o crescimento do setor de serviços influenciaram na melhoria do indicador de geração de empregos. O setor alimentício liderou as contratações, com abertura de 6,4 mil vagas no primeiro trimestre. Ele foi seguido pela área de serviços de vigilância e limpeza, com 4,8 mil postos.

De acordo com Silva, a crise no agronegócio ainda provoca estragos no comércio. O número de vagas abertas nesse setor caiu de 4,5 mil no primeiro trimestre de 2005 para 1,6 mil nos três primeiros meses deste ano. "Com o desempenho agrícola ruim, o poder de compra caiu no interior e o comércio passou a crescer menos", diz Silva.

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