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Robôs podem substituir os funcionários de fast-food em breve, diz pesquisa

Custos trabalhistas e de alimentos são responsáveis ​​por 60% a 70% das receitas da indústria | Jim Young /Reuters
Custos trabalhistas e de alimentos são responsáveis ​​por 60% a 70% das receitas da indústria (Foto: Jim Young /Reuters)

Cada vez mais deixando as telas do cinema para se alojarem em um futuro não mais tão distante, os robôs estão mais próximos de adentrar as redes de fast-food como McDonald’s e Burger King, mandando embora os funcionários por trás dos balcões. Isso é o que revela um estudo realizado pela empresa de serviços financeiros Cornerstone Capital Group.

De acordo com o relatório, os principais fatores para essa mudança são uma disparada nos preços dos alimentos, induzida por mudanças climáticas, as consequências incertas do Obamacare – reforma da cobertura de saúde proposta pelo presidente Obama –, que poderia aumentar os custos dos funcionários, e as tendências de distribuição de renda, que são “cada vez mais um ponto de disputa social e política”.

Como os custos trabalhistas e de alimentos são responsáveis ​​por 60% a 70% das receitas da indústria, esses fatores ameaçam uma categoria que já opera com margens de lucro magro.

Uma opção seria aumentar os preços para compensar os custos dos alimentos, mas o sucesso dessa estratégia dependeria da inflação dos alimentos e do nível geral de inflação na economia. Além disso, o segmento do fast-food costuma ser sensível ao preço.

Tecnologia na mesa

Enquantos os robôs não vêm, o uso de aplicativos já se consolida em muitos restaurantes americanos, ajudando os clientes a fazerem seus pedidos com antecedência e depois pegá-los no balcão, o que poderia tornar os caixas algo supérfluo. Em geral, essas tecnologias ajudam a reduzir custos e a tornar o negócio mais eficiente.

“Sempre que possível, a tecnologia utilizada para fazer pedidos (quiosques, celulares móveis, pedidos on-line) pode acelerar o processo, melhorar a precisão e diminuir o custo do trabalho para o operador, permitindo-lhes manter suas margens de custos atuais”, disse Darren Tristano, vice-presidente executivo da Technomic, empresa que acompanha a indústria de fast-food, ao “Mashable”.

Para ele, a automação das cozinhas pode tirar o toque pessoal da culinária e não substitui o atendimento pessoal e personalizado. “Com ressalvas a parte de trás da casa, a automação nas cozinhas — o que pode ajudar a melhorar a eficiência no trabalho — irá reduzir custos, mas até certo ponto tira o toque pessoal de um cozinheiro ou chef”, opinou.

“Essas mudanças podem ser menos desejáveis pelos consumidores. No geral, a automação hoje provavelmente irá economizar alguns dólares, mas provavelmente não terá um grande impacto sobre os operadores de restaurantes que têm sido e continuarão a se concentrar em serviço, hospitalidade e um sorriso amigável”, completou Tristano.

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