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A Previdência Social encerrou fevereiro com um déficit de R$ 2 580 bilhões. O resultado representa a diferença entre uma arrecadação de R$ 25,318 bilhões e despesas previdenciárias de R$ 27,898 bilhões. Em fevereiro do ano passado, o déficit tinha sido de R$ 3,647 bilhões. Ou seja, houve uma queda do rombo previdenciário de 29 3% na comparação entre fevereiro deste ano e fevereiro do ano passado. Todos os números estão atualizados pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

No primeiro bimestre deste ano, o déficit chegou a R$ 7,205 bilhões, refletindo uma arrecadação de R$ 50,005 bilhões e despesas de R$ 57,210 bilhões. Em igual período do ano passado, o rombo foi de R$ 10,189 bilhões. Ou seja, houve queda de 29,3% no déficit, quando comparado o primeiro bimestre de 2014 com o primeiro bimestre de 2013.

Os números do rombo da Previdência causaram recentemente um desconforto na Esplanada. Tudo começou com declarações do ministro da Previdência, Garibaldi Alves, em entrevista publicada pelo jornal Valor Econômico no dia 17. Garibaldi disse que o déficit estaria subestimado em cerca de R$ 10 bilhões e terminaria o ano em torno de R$ 50 bilhões.

Foi o que bastou para gerar mal-estar entre os ministérios da Previdência e da Fazenda, inclusive porque a equipe econômica tem trabalhado fortemente para mostrar ao mercado que as contas do governo estão sob controle. Logo em seguida, uma reviravolta: o MPS divulgou nota afirmando ser possível que o déficit se mantenha em torno de R$ 40 bilhões em 2014.

Detalhamento

Sozinha, a Previdência urbana terminou fevereiro com superávit de R$ 2,862 bilhões, saldo de uma arrecadação de R$ 24,846 bilhões e despesas de R$ 21,983 bilhões. Em fevereiro do ano passado houve saldo positivo de R$ 1,716 bilhão. Ou seja, houve alta de 67% na comparação entre fevereiro deste ano e igual mês do ano passado. No bimestre, o setor urbano registrou saldo positivo de R$ 4,444 bilhôes, o que representa crescimento de 172% sobre o superávit de R$ 1,633 bilhão apurado no primeiro bimestre do ano passado.

A Previdência rural encerrou fevereiro com um déficit de R$ 5 442 bilhões, alta de 1,5% o rombo de R$ 5,363 bilhões de fevereiro do ano passado. No mês passado, o setor rural arrecadou R$ 472 milhões e teve despesas previdenciárias de R$ 5 915 bilhões. No acumulado do primeiro bimestre deste ano, a Previdência rural acumulou déficit de R$ 11,649 bilhões (saldo de uma arrecadação de R$ 926 milhões e despesas de R$ 12,575 bilhões), o que representa uma queda de 1,5% sobre o resultado negativo de R$ 11,823 bilhões do primeiro bimestre de 2013.

Em fevereiro de 2014, a Previdência Social pagou 31,189 milhões de benefícios, sendo 26,980 milhões previdenciários e acidentários e, os demais, assistenciais. Houve elevação de 3,5% em comparação com o mesmo mês do ano passado. As aposentadorias somaram 17,6 milhões de benefícios.

O valor médio dos benefícios pagos pela Previdência, em fevereiro de 2014, foi R$ 961,17 - crescimento de 20,8% em relação ao mesmo mês de 2007. A maior parte dos benefícios (69 7%) - incluídos os assistenciais - pagos em fevereiro de 2014 tinham valor de até um salário mínimo, contingente de 21,7 milhões de benefícios.

As contas do Governo Central, que abrangem Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, devem ter voltado a ficar deficitárias em fevereiro, conforme mostra pesquisa do AE Projeções, serviço especializado do Broadcast. As expectativas são de déficit de R$ 2,500 bilhões a R$ 7,900 bilhões. A mediana ficou negativa em R$ 4,500 bilhões. O Tesouro Nacional deve divulgar o resultado nesta quinta-feira, 27, conforme o calendário original da instituição.

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