O Brasil voltou a apresentar déficit comercial bilionário no início do ano. No mês passado, o saldo ficou negativo em US$ 4,06 bilhões, bem próximo ao verificado no mesmo mês do ano passado, mas o suficiente para bater um novo recorde histórico para todos os meses.
Em janeiro do ano passado, a balança comercial brasileira, que mostra a diferença entre as importações e as exportações de produtos do país, havia registrado resultado negativo de US$ 4,04 bilhões.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (3) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Exportações e Importações
As exportações em janeiro deste ano chegaram a US$ 16 bilhões, leve alta de 0,4% frente ao mesmo mês de 2013 pela média diária.
Houve queda de 2,6% nas vendas de manufaturados e de 5,8% nas de semimanufaturados, enquanto as de básicos subiram 5,3%.
Contou a favor o aumento da venda de petróleo em bruto (134%), farelo de soja (49%) e bovinos vivos (36%).
Já as importações em janeiro somaram US$ 20,1 bilhões, também um pequeno aumento de 0,4% em relação ao verificado no mesmo mês do ano passado pela média diária.
Cresceram as compras de bens de consumo (8,8%), bens de capital (7,1%) e matérias-primas e bens intermediários (3,2%). Por outro lado, caíram de forma significativa as importações de combustíveis e lubrificantes. Para esses produtos, a queda foi de 19,1%.
Destacaram-se os aumentos nas importações de vestuário (23,7%), móveis (46,1%), equipamentos móveis de transporte (49,6%) e máquinas e aparelhos de uso doméstico (48,2%).
Destinos
No primeiro mês de 2014, o Brasil conseguiu aumentar as vendas para China (27,7%) e Estados Unidos (11,4%).
Mas houve retração de 5% nas exportações para a União Europeia e de 6,2% para os países do Mercosul. A queda nas vendas para a Argentina, que vive uma crise cambial, voltaram a ser sentidas: diminuição de quase 14% nas exportações frente a janeiro de 2013.
Também caíram as vendas para o continente africano (-18,3%) e para a Europa oriental (-25%).
2013
Em 2013, o país iniciou o ano com perspectiva de deficit diante do atraso no registro de importações de combustíveis da Petrobras no valor de US$ 4,5 bilhões, mas fechou o ano com superavit de US$ 2,6 bilhões, queda de 87% frente ao ano anterior.
Em 2012, o saldo de US$ 19,4 bilhões já havia sido o mais baixo desde 2002.
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