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Habitação

Rossi mantém lançamentos e foca segmento econômico

O segmento econômico deverá representar ao menos 50 por cento dos lançamentos da Rossi Residencial em 2009, afirmou nesta sexta-feira o diretor financeiro e de Relações com Investidores da construtora, Cássio Audi.

Conforme o executivo, unidades com esse perfil respondem por 52 por cento do volume lançado pela Rossi no ano até agora. "Estamos olhando para todos os mercados, porque há recuperação também nos segmentos de média e alta renda", disse, em entrevista à Reuters. "Mas em 2009 o segmento econômico ficará com pelo menos 50 por cento dos lançamentos."

Segundo Audi, o programa do governo federal "Minha Casa, Minha Vida", a queda na taxa de juros e a melhora da confiança explicam o desempenho positivo do mercado imobiliário neste ano, sobretudo a partir do segundo trimestre.

A Rossi tem por meta encerrar o ano com 13 mil a 15 mil unidades lançadas, apesar do volume relativamente baixo de lançamentos nos seis primeiros meses do ano. Em relatório que acompanha o balanço do segundo trimestre, a empresa afirma que o ritmo de lançamentos, que ganhou força em julho, indica que a meta anual será cumprida.

Nos seis primeiros meses do ano, a Rossi lançou 2.417 unidades. Apenas em julho, outras 2.595 unidades foram colocadas no mercado.

Segundo Audi, a estrutura de capital da Rossi é adequada à meta de lançamentos deste ano. "Estamos bastante confortáveis em relação a essa meta. Nosso estilo é mais conservador", disse o executivo.

As unidades lançadas pela Rossi no primeiro semestre tiveram valor global de vendas (VGV) de 454 milhões de reais, dos quais 377 milhões de reais referentes à parcela da Rossi nos empreendimentos. No segundo trimestre, 12 dos 17 empreendimentos lançados foram para o segmento econômico.

Segundo a construtora, o programa "Minha Casa, Minha Vida" puxou a alta de 143 por cento nas vendas contratadas da companhia, em unidades, para o segmento econômico na comparação com os seis primeiros meses de 2008.

De abril a junho, as vendas contratadas somaram 506 milhões de reais, dos quais 404 milhões de reais referentes à fatia da Rossi. O valor se compara a 283 milhões de reais em vendas contratadas nos três primeiros meses do ano. A VSO, índice que mede a velocidade de vendas sobre oferta, subiu 5,5 pontos em relação no primeiro trimestre, para 20,1 por cento.

Na quinta-feira à noite, a Rossi anunciou lucro líquido de 51,1 milhões de reais no segundo trimestre, frente a resultado positivo de 50,8 milhões de reais no mesmo período do ano passado. O resultado ficou acima da média das projeções de quatro analistas consultados, que apontava para ganho de 37,4 milhões de reais.

O Ebitda ajustado no trimestre totalizou 90 milhões de reais, comparado a 65 milhões de reais nos três meses até junho de 2008. A margem Ebitda ficou em 24,4 por cento, frente a 19 por cento um ano antes.

A receita líquida alcançou 369,4 milhões no segundo trimestre, crescimento de 8 por cento frente ao mesmo intervalo de 2008.

As ações da Rossi Residencial operavam com alta de 2,07 por cento às 16h04, a 11,85 reais, ante recuo de 0,94 por cento do Ibovespa.

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