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Crédito rotativo

Medida para limitar juros do rotativo do cartão de crédito deve sair em 90 dias

Rotativo cartão
Fernando Haddad diz que governo trabalha com bancos em medidas para reduzir os juros do rotativo do cartão, que hoje chegam a 437,3%. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, anunciou na manhã desta quarta (2) que o governo e os bancos trabalham em uma medida que vai limitar os juros cobrados no rotativo do cartão de crédito. A solução deve ficar pronta em até 90 dias.

O anúncio ocorre dois dias depois do ministro ter tido uma reunião com presidentes e representantes de alguns dos maiores bancos que operam no país, como Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual, além da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Haddad diz que o governo trabalha para contratar com o sistema bancário uma “transição” para um sistema melhor que diminua os juros cobrados, hoje em 437,3% ao ano. “Teremos um freio”, disse o ministro ao Canal Gov.

O tema é considerado delicado entre o governo e os bancos. As tratativas envolvem debates sobre autorregulação do setor e possível fim do rotativo, acionando imediatamente o parcelamento automático em caso de inadimplência – o que diminuiria a taxa cobrada, mas que também afetaria a remuneração das instituições financeiras.

Também é discutida a opção de crédito parcelado sem juros para evitar efeito "bola de neve". A concessão de crédito no rotativo atingiu R$ 30 bilhões em junho, apesar das altas taxas de juros e da inadimplência de 49,1%.

Um projeto de lei que tramita no Congresso propõe estabelecer um limite pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para a cobrança de juros pelos cartões de crédito. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) debate a questão desde março, mas não há consenso sobre a imposição de limites.

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