A Rússia vai presidir pela primeira vez a cúpula dos países do G-8 (grupo dos países mais industrializados do mundo e a Rússia) no próximo fim de semana, como um verdadeiro membro dessa superliga econômica, graças à sua vasta riqueza mineral e petrolífera, que lhe permite se livrar de suas dívidas externas.
Alguns acusam o presidente Vladimir Putin de ter um estilo autoritário e uma diplomacia de mão pesada em questões energéticas, mas com os cofres transbordando de petrodólares, não há dúvida de que é cada vez maior o peso da Rússia no palco financeiro mundial.
A Rússia não apenas é um destino quente para o dinheiro dos investidores, como os seus crescentes investimentos externos aumentam o seu poder econômico, já que empresas gigantes e cheias de recursos, como a Gazprom e a Severstal, percorrem o mundo em busca de aquisições.
- Uma nova superpotência está claramente emergindo. A União Soviética flexionava seus músculos usando armas nucleares e a Rússia faz o mesmo com o petróleo - diz o economista Peter Westin, do banco MDM de Moscou.
A Rússia cortou o fornecimento de gás natural para a Ucrânia no começo do ano, no que, para muitos, foi um esforço de fazer que os países pró-Ocidente sigam a linha de Moscou. Também ameaçou redirecionar as suas exportações de gás para a Ásia se os Estados europeus bloqueassem aquisições feitas por empresas russas.
Westin diz, porém, que o G8 dificilmente discutirá essas questões.
- A linguagem usada em relação à Rússia com os preços do petróleo em US$ 60 o barril é totalmente diferente daquela quando os preços de petróleo estavam em US$ 20 - disse.
Com o pagamento das dívidas com os países credores do Clube de Paris e a nova convertibilidade do rublo, o Kremlin espera que a flutuação nas ações da empresa de petróleo Rosneft seja uma atividade preliminar potente para a cúpula de São Petersburgo, entre 15 e 17 de julho, levantando US$ 11 bilhões.
- Sem dúvida há um desejo político de declarar a dívida fora do caminho e dizer que a Rússia tem uma moeda conversível' - disse Kaspar Bartholdy, chefe de estratégia de mercados emergentes no Credit Suisse.
- Acho que existe um sentimento de satisfação em poder se sentar com os países do G8 numa posição inicial em que a Rússia não lhes deve nada - acrescentou Bartholdy.
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