A candidatura do embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, de 55 anos, ao cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) deve contar com o apoio do governo russo. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Alexandr Lukashévich, disse nesta sexta-feira (8) que seu país tem relações amistosas com o Brasil e analisa a possiblidade de apoiar o nome de Azevêdo.
"Estudaremos da maneira mais consciente a candidatura de Roberto Carvalho de Azevêdo ao cargo de diretor-geral da OMC", disse Lukashévich. "Entendemos que as posições da Rússia e do Brasil sobre muitos assuntos [na OMC] são bastante próximas", acrescentou.
O porta-voz lembrou o histórico das relações entre o Brasil e a Rússia. "Há um caráter amistoso e de alto nível nas relações bilaterais russo-brasileiras, incluindo a dinâmica positiva nos setores econômico e social, além da cooperação construtiva durante as negociações para a entrada da Rússia na OMC", disse ele. Lukashévich ressaltou que a decisão final "só poderá ser tomada depois de estudadas as propostas" dos candidatos ao cargo.
A eleição na OMC é um processo que começa em 31 de março e termina em 31 de maio. Além do brasileiro, há oito candidatos na disputa: da Costa Rica, do México, da Nova Zelândia, Coreia do Sul, Indonésia, de Gana, do Quenia e da Jordânia. O candidato brasileiro está hoje em Lisboa para uma série de reuniões e também para participar das discussões do Comitê de Concertação Permanente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Candidato do Brasil visita Portugal
O candidato do Brasil ao cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), embaixador Roberto Azevêdo, de 55 anos, está nesta sexta-feira (8) em Lisboa, Portugal, na tentativa de obter apoio à campanha. Ao defender a candidatura, Azevêdo mencionou o fim do bloqueio às negociações para a liberalização mundial do comércio e apelou aos líderes mundiais que tentem buscar o consenso por meio do diálogo.
O embaixador condena a paralisia nas negociações multilaterais. Segundo ele, essa paralisia preocupa, pois impede o aprimoramento e os avanços em vários setores. Se eleito, Azevêdo disse que pretende incentivar a busca por consenso.
O diplomata quer garantir o apoio dos latinos-americanos à sua candidatura. A ideia é visitar a Argentina, o Uruguai, Chile e a Colômbia. No dia 31, Azevêdo fará uma exposição oral em que defenderá a candidatura.
O embaixador também pretende visitar países da África e da Ásia em busca de apoio político. Na OMC, a eleição, que ocorre em 31 de maio, é construída por meio de consenso e não exatamente por voto direto.
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