A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) confirmou ontem que o sacrifício dos 1.795 animais da Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira (norte do estado), deve começar na segunda-feira. A previsão pode não se concretizar se houver contratempos na execução dos trabalhos. As lonas que serão utilizadas para impermeabilizar as valas, conforme estabelece o laudo do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), deviam chegar ontem à noite e o trabalho de colocação leva aproximadamente 48 horas. O vice-governador e secretário da Agricultura Orlando Pessuti estima que o sacrifício na Cachoeira seja concluído em dois dias.
O proprietário da área, André Carioba Filho, que perdeu na quarta-feira o direito de ter o valor da indenização depositado (R$ 1,2 milhão) em juízo, não teve coragem de acompanhar a escavação das valas. "Não quero nem olhar", diz. Carioba espera ser indenizado e poder fazer a necropsia dos animais, conforme acordo entre os proprietários das fazendas declaradas focos de aftosa, a Seab e o Ministério da Agricultura (Mapa). "Agora quero que o sacrifício termine logo. Houve muita demora para se tomar uma decisão", analisa. O dono da Cachoeira reconhece que parte da demora se deve ao processo que correu na justiça contra o estado. "Só recorri à justiça pois precisava de um mínimo de garantias", conclui.
A Fazenda Cachoeira foi decretada foco de aftosa em 06 de dezembro. Depois dela o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou mais seis focos em fazendas de quatro municípios: Maringá, Grandes Rios, Loanda e Bela Vista do Paraíso. O sacrifício dos cerca de 4,5 mil animais destas fazendas ainda depende dos laudos ambientais, em alguns casos, e da autorização dos proprietários, em outros.
Nas propriedades em Maringá (Fazenda Cesumar e Fazenda Pedra Preta), e em Bela Vista do Paraíso (Fazenda Flor do Café), os laudos do IAP já foram concluídos e as valas estão sendo abertas, conforme informou a Seab. Como não há risco de contaminação do lenço freático nestas propriedades não haverá a necessidade da impermeabilização com lonas.
Já em Loanda (Fazenda Alto Alegre e Fazenda São Paulo) e em Grandes Rios (Fazenda Santa Izabel) os laudos do IAP ainda não foram concluídos. Ontem à tarde técnicos da Seab, do IAP e da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) participaram das vistorias nas fazendas e estimaram que os laudos oficiais sejam publicados no início da semana.
O superintendente do Mapa no Paraná, Valmir Kowalewski, também estima que o abate da Cachoeira comece na segunda-feira. Segundo o superintendente, a avaliação do gado das seis outras propriedades deve terminar hoje. A comissão de avaliação e sacrifício determina os valores das indenizações. Em relação à necropsia dos animais Kowalewski espera ainda a autorização do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Apesar de ter garantido na quarta-feira em São Tomé (noroeste do estado) que atenderia a reivindicação dos pecuaristas, ainda não existe decisão oficial.
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