A Sadia demitiu 71 funcionários da área administrativa em Curitiba na quarta-feira (11). Os cortes, segundo a assessoria de imprensa da empresa à reportagem da Gazeta do Povo, fazem parte de uma reestruturação que a companhia passa desde o início do ano.

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As demissões na capital paranaense já eram previstas pela empresa desde o começo de 2009. O objetivo seria focar os processos da companhia e não uma consequência da crise financeira, informou a assessoria. Apesar dos cortes, a linha de produção da Sadia - considerado o "chão de fábrica" - não será afetada pelas medidas.

De acordo com Juarez Adão Couto da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias do mate, laticínios e produtos derivados, carnes e derivados, indústria de congelados, supercongelados, sorvetes, concentrados, desidratados, liofilizados e afins de Curitiba e Região Metropolitana (Stimalcs), a crise financeira ainda não afetou a área alimentícia do Brasil, porém as demissões são os primeiros reflexos, resultantes da queda de exportações da empresa. "Apesar da quantidade de demitidos, o cenário de cortes não é tão preocupante, pois a Sadia possui cerca de 60 mil funcionários", disse Silva.

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Silva ainda afirmou que o sindicato teve reuniões com a Sadia e os cortes foram inevitáveis. "Como há a necessidade de reduzir a produção, tivemos as demissões dos funcionários". O presidente do Stimalcs ainda disse que documentos foram exigidos à empresa para justificar o desligamento dos empregados.

Segundo Silva, este foi o maior corte de pessoal em Curitiba desde o começo do ano. A Sadia confirmou ao Stimalcs que não há mais demissões previstas.

No Paraná, além da filial na capital, a empresa possui unidades industriais nas cidades de Ponta Grossa, Dois Vizinhos, Paranaguá, Toledo e Francisco Beltrão.

No dia 20 de janeiro, a Sadia já havia demitido 350 funcionários da parte administrativa em todo o Brasil.

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