O presidente do Conselho de Administração da Sadia, Walter Fontana Filho, afirmou nesta segunda-feira que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o mercado receberam bem a oferta de compra da Perdigão na medida em que as informações foram passadas de forma clara e as ações das duas companhias estão tendo valorização no mercado.
A proposta da Sadia, segundo o executivo, foi feita de acordo com as regras da recente mudança estatutária da Perdigão. A empresa ingressou no Novo Mercado em março.
- Em várias outras oportunidades tentou-se fazer este acordo, mas agora foi o momento propício - afirmou ele numa entrevista coletiva.
A compra da Perdigão fará com que a futura empresa consiga entrar mais facilmente em novos mercados.
- A guerra comercial é muito dura, e o presidente Lula está discutindo estas questões agora mesmo - disse o presidente do Conselho da Sadia, referindo-se à presença do presidente brasileiro na reunião do G8 em São Petersburgo.
- E é disso que se trata, de acesso e de abertura a mercados. Precisamos ter empresas fortes no mundo para que nossos direitos passem a valer.
Para ele, com a compra da Perdigão, as empresas deixariam de ser "caça" para serem "caçadoras". "Deixariam de ser consolidadas para serem consolidadoras", enfatizou.
Walter Fontana Filho afirmou que a concentração gerada pela união da Sadia e da Perdigão não prejudicaria os consumidores no Brasil, porque as duas empresas exportam 50% do que produzem e também vendem produtos que são facilmente substituíveis.
- Não vai acontecer movimento de alta de preços com a possível compra - disse Fontana.
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