Apesar de a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ter apresentado nesta terça-feira (7) a menor estimativa para a safra 2008/09 desde que iniciou as projeções, em outubro do ano passado, está garantida a segunda maior colheita brasileira no período. A afirmação foi feita nesta terça pelo superintendente de informações do agronegócio da empresa, Airton Camargo. De acordo com a Conab, a safra atual contará com um total de 133 milhões de toneladas de grãos, 7,2% inferior à do ciclo anterior, que foi a maior da história, com um total de 144,1 milhões de toneladas.
No mês passado, o presidente Conab, Wagner Rossi, já havia destacado que a safra atual seria a segunda maior da história. Em junho, a estatal havia estimado que a safra de grãos 2008/09 seria de 134 15 milhões de toneladas. "Como 95% da safra de verão já foi colhida, devem ocorrer poucas mudanças nos próximos levantamentos. Esses números de hoje estão praticamente fechados", disse. A Conab ainda revisará o levantamento em agosto e setembro. "Os ajustes agora serão mais pontuais nos próximos dois levantamentos", previu
Dessa forma, segundo o superintendente, não há ameaça de a produção deste ano cair para a terceira colocação. Entre as safras já colhidas, a segunda colocada que deve perder o lugar para a safra atual foi a de 2006/2007, somando 131,75 milhões de toneladas. Em 10 anos, o crescimento acumulado da colheita foi de 61,62%, segundo a Conab
Para Camargo, possíveis mudanças climáticas daqui para frente, portanto, não afetarão a agricultura. "A maior redução recente foi na safra de milho, que ainda está no campo." De acordo com ele, o clima está propício para safra de inverno. "Já não tem mais efeito de geada sobre os produtos e, no caso do trigo, a geada pode ser benéfica. Só será ruim se estiver no momento da formação de grãos, em setembro", considerou.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast