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agronegócio

Safra de milho será maior que a esperada

A produção brasileira de milho em 2012/13 será 1,2 milhão de toneladas maior do que se esperava, apontou relatório divulgado ontem pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), que corrige os números de um mês atrás. Isso significa um aumento de 10% na produção em um ano e eleva a pressão sobre o preço da commodity, que está valendo metade dos custos de produção em Mato Grosso (ou R$ 9 por saca de 60 quilos) e empata com as despesas dos produtores no Paraná (R$ 17,50/sc).

Esse recuo de preço reduz automaticamente os custos de alimentos com forte peso na inflação, como as carnes de aves e suínos e o óleo de soja. Por outro lado, esses setores industriais informaram ontem estarem animados com a valorização do dólar, que tornam as cotações internacionais mais lucrativas no Brasil.

As novas projeções da Conab apontam para 80,25 milhões de toneladas do cereal, volume 1,5% maior que o previsto em julho. Os 10% de expansão em um ano derrubam o recorde anterior, de 72,98 milhões de toneladas. O avanço ocorre principalmente na safra de inverno, a antiga safrinha, que supera a de verão em 10 milhões de toneladas e está rendendo 45 milhões de toneladas, conforme a Conab. A retirada da produção de inverno do campo segue até outubro.

Em 2011/12, o milho ultrapassou a soja, numa temporada de quebra climática. Agora, mesmo com expansão histórica da oleaginosa na colheita do último verão (23%), concorre novamente à liderança. A soja, principal opção dos produtores de grãos, rendeu 81,46 milhões de toneladas. As duas culturas elevam a safra nacional de grãos em 12%, para 186,15 milhões de toneladas, a serem confirmados em outubro.

Com a queda nos preços do milho, o governo sofre pressão do agronegócio para retirar a produção excedente do mercado e acaba de incluir Mato Grosso do Sul nos leilões públicos. O Paraná, onde os custos empatam com as cotações, vem adiando a crise da superoferta com a expansão da indústria de carnes.

Depois das geadas de julho, a expectativa era de redução nas estimativas do trigo, o que só deve ocorrer nos números de setembro – a previsão atual é de 5,62 milhões de toneladas.

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