Saiu na última sexta-feira (19), a certificação do KC-390 pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O cargueiro de transporte tático, que está sendo produzido pela Embraer, é o maior avião já fabricado no Brasil, podendo transportar até 23 toneladas.
A emissão do certificado, emitido pela ANAC, permite que a aeronave possa ser comercializada e operada em todo o território brasileiro. Ainda no dia 9, a Embraer concluiu o primeiro voo do KC-390 de série, ou seja, a primeira aeronave do modelo em fabricação que não é um protótipo.
A Força Aérea Brasileira (FAB) é a cliente de lançamento da aeronave, tendo encomendado 28 unidades, num investimento de US$ 5 bilhões desde 2008. A ideia é que os novos KC-390 substituam os veteranos Hércules C-130 no transporte de cargas e tropas. Como qualquer investimento nessa área, o retorno do valor para a FAB ocorrerá ao longo dos anos, no formato de impostos e royalties.
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Ainda no início deste mês, o jornal Valor Econômico disse que a empresa pretende fazer uma joint venture na área de defesa com a Boeing e levar a fabricação desta aeronave para os Estados Unidos. A empresa acabou negando a informação, dizendo que é muito prematuro discutir termos e condições de parceria com a Boeing na área de defesa já que essas discussões andam em paralelo à negociação em torno da joint venture na área de aviação comercial. No caso da joint venture na área de defesa, ao contrário da parceria na área de aviação comercial já em negociação, o controle societário seria da Embraer.
O KC-390 da Embraer é uma aeronave de transporte tático, desenvolvida para estabelecer novos padrões na sua categoria, apresentando ao mesmo tempo o menor custo do ciclo de vida do mercado. É capaz de realizar diversas missões, como transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento em voo, busca e salvamento e combate a incêndios florestais.
A certificação também tira uma preocupação financeira da empresa. Uma derrapagem durante o pouso do protótipo do KC-390 em maio deste ano acabou por gerar uma reorganização de caixa de R$ 458,7 milhões, o que resultou em um prejuízo líquido de R$ 467 milhões para a Embraer no balanço do segundo trimestre.
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