Uma eventual substituição do ministro da Fazenda Antonio Palocci neste momento não deverá alterar a avaliação das agências de rating em relação ao Brasil. A afirmação foi feita hoje pela analista de rating soberano da Standard & Poor´s (S&P), Lisa Schineller, que participou esta manhã do seminário "Brasil rumo ao Investment Grade", promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef).
- Temos uma visão mais ampla do governo e o rating não pode depender de uma pessoa só. Neste caso o ministro Antonio Palocci representa uma política fiscal prudente e temos a expectativa de essa é a visão do governo - disse a analista de rating soberano da Standard & Poor´s.
- O sinal do governo de que a política de prudência (fiscal) será mantida é o mais importante.
Para a presidente da S&P no Brasil, Regina Nunes, o compromisso do governo de manter o controle fiscal e melhorar as condições institucionais do país é algo claro e deve preservar a economia das atuais turbulências no campo político. O maior problema decorrente da atual fase de turbulências políticas, em sua avaliação, é a demora na aprovação do Orçamento de 2006 pelo Congresso Nacional.
- O orçamento não estar aprovado ainda, quase em abril, sim é um problema que a crise política tem gerado para o bom funcionamento da economia - disse a executiva.
Também presente no mesmo evento, o secretário do tesouro Nacional, Joaquim Levy, esquivou-se de comentar a eventual substituição de Palocci na Fazenda. Levy,que é cotado para assumir um cargo na direção do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), disse apenas que continuará à frente do Tesouro, órgão subordinado à Fazenda, enquanto Palocci quiser.
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