O supercompacto Smart deve chegar ao Brasil em março de 2009| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Um volante de osso é um dos lançamentos de luxo do primeiro Salão do Automóvel. "Esse é um volante de luxo, um volante especial. Eles são muito bem acabados", mostra o comerciante Ricardo Jacob.

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Ricardo é colecionador de carros antigos e tem uma curiosa teoria sobre a relação do homem com seus carros. "Os carros de hoje não tem mais carisma, aquele glamour, com os frisos, detalhes. Hoje são quase todos iguais", acredita.

Cada lançamento mostrado no Salão ajuda a contar a história da nossa indústria. Em 1981, só participavam montadoras nacionais; a feira era um evento político; três anos depois, as indústrias de autopeças começavam a exportar e negócios eram fechados no salão. Os importados começaram a chegar nos anos 90 e, há dez anos, a novidade era o câmbio automático. Já neste século, as montadoras voltaram suas atenções para as mulheres.

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Hoje, o desafio da indústria é inventar um carro que ocupe menos espaço – por causa dos congestionamentos – que gaste menos combustível e que não polua o ar. Quarenta e oito anos depois do primeiro Salão do Automóvel, a paixão sobre quatro rodas precisa ceder pelo menos um espacinho para a responsabilidade com o futuro do planeta.

Em todos os estandes, o aquecimento global é usado como peça de propaganda para o lançamento de acessórios reciclados e motores que funcionam com energias alternativas.

Pelo menos num departamento, o Brasil está na frente, com o etanol e os carros flex. Outra revolução é prometida para 2010: o primeiro carro 100% elétrico, que vai ser abastecido na tomada da garagem. "No próximo Salão do Automóvel a gente já vai ter alguns veículos com esta tecnologia", prevê Marcos Vinicius Aguiar, engenheiro da Anfavea.

Segundo o fabricante, com a bateria carregada o carro elétrico pode rodar até 64 quilômetros sem parar. O reabastecimento gasta a mesma quantidade de energia elétrica que uma geladeira. É esperar pra ver.

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