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Balança comercial

Saldo do comércio exterior é o pior dos últimos 6 anos

Veja o desempenho do comércio exterior brasileiro nos últimos dez anos |
Veja o desempenho do comércio exterior brasileiro nos últimos dez anos (Foto: )

Em um ano atípico, fortemente afetado pela crise financeira mundial, o Brasil registrou o pior saldo da balança comercial desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A diferença entre exportações e importações em 2008 foi de US$ 24,735 bilhões, ou 38,2% menor que o resultado de 2007. Em 2002, o saldo havia sido de US$ 13,122 bilhões.

Apesar da queda no superávit, o país atingiu novo recordes tanto em exportações como em importações, segundo os dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No ano passado, foram vendidos ao exterior US$ 197,942 bilhões em produtos e serviços nacionais, valor 23,2% superior ao registrado em 2007. Já as importações somaram US$ 173,204 bilhões, salto de 43,6% sobre o comprado do exterior em 2007.

A crise econômica parece ter dado uma amostra do impacto que pode haver em 2009 no resultado de dezembro. De acordo com o ministério, a média diária de exportações passou de US$ 711,6 milhões no último mês de 2007 para US$ 628,1 milhões em dezembro passado, uma queda de 11,7%.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, disse que o desempenho da balança comercial em 2009 vai depender da "imaginação" dos exportadores brasileiros e das ações do governo para aumentar a competitividade do Brasil no exterior. "Vai ser um ano difícil", resumiu o secretário, que descartou fazer previsões para as exportações neste ano devido à instabilidade no preço das commodities – produtos que puxam as vendas brasileiras para o exterior.

Barral afirmou que o ministério espera manter o volume exportado nos últimos dois anos, que foi de cerca de 470 milhões de toneladas de produtos, mas não falou em valores. "Não temos uma meta porque não conseguimos estipular qual vai ser a tendência para os preços dos produtos básicos", afirmou o secretário. O único órgão do governo a fazer previsões até o momento foi o Banco Central, que espera uma queda de US$ 4 bilhões nas exportações.

"Tivemos uma retração bastante visível nas exportações e importações, mas o Brasil perdeu menos mercado do que o resto do mundo", disse o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral.

Outros países

Apesar de não possuir números de final de ano de outros países, Barral apresentou um quadro comparativo segundo o qual o Brasil teria sofrido menos efeitos negativos da crise do que outros países em desenvolvimento. Em novembro, por exemplo, enquanto as exportações brasileiras ainda registravam alta de 5% em relação ao mesmo mês de 2007, a China teve suas vendas ao exterior reduzidas em 2,2%, e o Chile (altamente dependente das exportações de cobre), em 19,8%.

De acordo com o secretário de Comércio Exterior, a estratégia de diversificação de "destinos" das exportações tornou o Brasil menos dependente do mercado norte-americano e, com isso, reduziu o impacto da crise.

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