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A Samsung Electronics, maior fabricante mundial de chips de memória, investirá 16 bilhões de dólares este ano para reforçar a produção de processadores e telas planas, aquecendo a disputa com rivais com menos recursos para competir.

Citando uma recuperação no consumo global de produtos eletrônicos e na indústria de tecnologia da informação, a Samsung mais que dobrou o investimento de 2010 para 18 trilhões de wons (15,9 bilhões de dólares) ante uma estimativa prévia de até 8,5 trilhões de wons e de gastos de 8 trilhões no ano passado.

O aumento nos investimentos da Samsung é uma má notícia para os rivais menores da companhia sul-coreana que tentam pegar carona no "boom" da recuperação, uma vez que os gastos vão aumentar a distância tecnológica em relação aos fabricantes de segundo escalão.

"Ao anunciar esta enorme quantidade de investimento, acho que a Samsung teve como objetivo desencorajar rivais de concorrer com ela", disse Takeo Miyamoto, analista da Deutsche Securities, em Tóquio.

"A Samsung pode ser capaz de dominar o mercado de DRAM com este investimento. É muito difícil para a japonesa Elpida acompanhar a Samsung. Mas no mercado de NAND não é fácil romper com Toshiba já que o negócio de chip de memória exige não só dinheiro, mas tecnologias sofisticadas."

"Embora o ambiente econômico global e as condições de negócio continuem desafiadores e incertos, se investirmos agressivamente na expansão de instalações ... essas circunstâncias darão à Samsung uma oportunidade para o crescimento futuro", disse o presidente da Samsung, Lee Kun-Hee, em comunicado.

"O investimento agressivo é positivo para a empresa, isso significa que rivais de menor porte podem ter dificuldades para acompanhar, mas duvido que as ações da Samsung se beneficiem significativamente com esse gasto", disse Sung Em keun, um gerente de carteira da Dream Asset.

A empresa sul-coreana começou a construir uma nova fábrica de chips na segunda-feira, a primeira construção desse tipo na Coréia do Sul em cinco anos. O investimento total na nova linha, que deve começar a produção no próximo ano, será de 12 trilhões de wons.

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