As sanções aos bancos iranianos dificultam que China e Índia encontrem maneiras de pagar pelo petróleo iraniano que as companhias europeias não estão comprando, por causa do embargo da União Europeia previsto para começar em julho, afirmaram pessoas ligadas ao assunto. Os EUA e a UE têm elevado a pressão em torno do caso em conversas com autoridades de outras nações.
As tentativas de buscar novas formas para realizar os pagamentos como moedas que não o dólar, ou trocas entre o petróleo e outros produtos, têm sucesso limitado, disseram as fontes. Com isso, aumenta a possibilidade de que o Irã passe a exportar menos, puxando o preço do petróleo para cima.
A partir de 1º de julho, a UE deixará de comprar petróleo do Irã. Com isso, cerca de 600 mil barris ao dia deixarão de ser entregues. Teerã diz ter compradores na Ásia, porém sanções ao setor bancário do país atrapalham essas negociações, fazendo com que o país não consiga vender mais à China e à Índia, disseram as fontes.
Nas últimas semanas, os EUA e a UE elevaram a pressão sobre os bancos iranianos, concordando em impor restrições nos negócios com o BC do país e outras instituições estatais, como o Banco Tejarat.
Com muitos bancos temendo perder acesso ao sistema financeiro dos EUA se lidarem com o Irã, Teerã luta para buscar formas de receber pelas vendas adicionais a seus dois maiores clientes, China e Índia. Bancos turcos e russos rechaçaram participar dessas iniciativas. O Irã poderia receber pagamentos em rublos, porém essas negociações não prosperaram, pois os bancos russos não queriam se envolver com o assunto, dizem as fontes. As informações são da Dow Jones.