Cambé - Enquanto aguarda o vencimento da patente de alguns dos remédios mais consumidos no mundo, a Sandoz Brasil divisão de medicamentos genéricos da multinacional Novartis , investe em pesquisas e testes na expectativa de ampliar em até 30% seu faturamento com o lançamento dessas drogas.
Para 2010 está previsto o fim da vigência da patente do Lipitor, redutor de colesterol do laboratório Pfizer. Em 2011 será a vez do Viagra, medicamento do mesmo fabricante usado contra a disfunção erétil, ganhar sua versão genérica. Estes, e outros 21 medicamentos serão produzidos na fábrica da empresa instalada em Cambé, região Norte do Paraná.
No país, o segmento de genéricos cresce aproximadamente 20% ao ano, frente à expansão de 4% da indústria farmacêutica como um todo. No primeiro semestre deste ano, a venda de genéricos movimentou pouco mais de R$ 2 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genericos). Mesmo assim, esse mercado ainda é considerado limitado no Brasil, onde representa cerca de 20% do total das vendas farmacêuticas enquanto nos EUA e em países europeus o índice ultrapassa os 60%.
Chance
Para a Sandoz, a entrada de novos medicamentos é vista como uma oportunidade de conquistar participação de mercado. A meta da empresa é ocupar até o fim de 2010 o terceiro posto dentre os principais laboratórios de genéricos do Brasil. Atualmente, a companhia é a quinta colocada. "Se um medicamento perde a patente hoje, deve estar amanhã, às 6 horas da manhã, nas prateleiras das farmácias", diz o diretor de operações técnicas da Sandoz, José Luis Martins Lopes.
Atualmente, o portfólio da Sandoz conta com 19 das 20 moléculas mais vendidas do mercado brasileiro de genéricos. Em 2008, a empresa faturou R$ 240 milhões no Brasil, com a venda de 156 produtos, sendo 69 genéricos, 52 similares e 35 "genéricos de marca". A unidade de Cambé, especializada em medicamentos sólidos, tem 800 funcionários e produção anual de 1,1 bilhão de comprimidos, 61 milhões de blísteres e 48 milhões de unidades embaladas.
Hormônios
Em 2009, a unidade da Sandoz em Cambé foi designada como "Centro de Desenvolvimento Global para a área Hormonal" da corporação. O lançamento do primeiro contraceptivo da marca no Brasil está previsto para meados de 2010. A companhia já comercializa anticoncepcionais genéricos na Europa, Ásia e América do Norte, mas a unidade brasileira deverá concentrar toda essa produção, tornando-se exportadora.
O repórter viajou a convite da Sandoz.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast