Os empresários paranaenses Alexandre, Natália e Ângela Madalozo conseguiram, por meio de uma nova embalagem para sanduíche natural, abrir portas para colocar seus produtos nas gôndolas de supermercados e displays de padarias, clínicas e salões de beleza. Com o desenvolvimento de uma versão metalizada que substitui o tradicional PVC, o "pacotinho" preserva o produto por 15 dias sem adição de conservantes.
"Estamos vendendo três vezes mais do que o planejado", diz Alexandre Madalozo, engenheiro químico especializado em alimentos e responsável pela criação do Natural Leve. Com três meses de negócio, ele já entrega diariamente 500 unidades para 160 pontos de venda de Curitiba e litoral.
O sucesso no nicho de refeição rápida e light, além da pouca concorrência, está relacionado com o inimigo número 1 do sanduíche natural: o frio, que estimula a fome por comida quentinha. "Como em Curitiba faz frio num dia, calor no outro, consumidores e revendedores aprovaram o sanduíche embalado porque não precisa consumir imediatamente", explica. Outra vantagem é a ampliação do público consumidor, pois a embalagem tecnológica conquista os clientes mais desconfiados.
Para formatar o negócio, a esposa Natália e a irmã Ângela acompanharam Alexandre a uma pós-graduação em gestão. "Fizemos uma pesquisa de mercado durante o curso e a cada disciplina adaptávamos a empresa", conta Natália.
A embalagem que amplia a validade do produto foi criada por Alexandre em Fortaleza para um cliente a quem prestou consultoria, com inspiração nas embalagens usadas pela NASA, a empresa espacial norte-amerciana, a partir dos anos 60. A resistência do alumínio, a mistura de gases que paralisa a atividade bacteriana e a escolha de matérias-primas de qualidade superior, segundo ele, são os segredos da durabilidade.
A Madalozo & Madalozo surgiu com um investimento de R$ 200 mil, parcialmente financiado pelo Banco do Brasil. Pode ser considerada a "prima pobre" do grupo Madalosso, já que os parentes distantes de Alexandre e Ângela são proprietários de seis restaurantes em Curitiba, entre eles os domingueiros velho e novo Madalosso, Don Antônio e Famiglia Fadanelli.
Mas a veia para negócios parece ser a mesma: na semana passada, o trio fechou contrato com a gigante supermercadista Wal-Mart. Diferente do que normalmente ocorre, foi o Wal-Mart quem procurou a Madalozo, depois que clientes solicitaram um sanduíche light durável. A experiência será feita na bandeira Mercadorama, que tem público de maior renda o sanduíche tem custo final entre R$ 3,50 e R$ 4,50 (valor cobrado no aeroporto Afonso Pena).
A lista de revendedores se estende ainda aos salões da rede Lady & Lord, hospitais do grupo Vita e vários restaurantes corporativos, como o da América Latina Logística (ALL). Mas não vai deixar de figurar na beira da praia, para onde começaram a rumar lotes do produto na semana passada.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast