Com investimento de R$ 2,55 bilhões programado para os próximos três anos, o Santander quer se tornar o maior banco privado do país até o fim de 2010. Esta é a meta principal do plano estratégico apresentado ontem, em São Paulo, pelo presidente mundial do Grupo Santander, Emilio Botín. O executivo mostrou-se otimista com as perspectivas da economia brasileira e destacou que o Brasil apresenta a melhor situação macroeconômica em décadas.
A operação brasileira do Santander é tida como um dos motores de crescimento do grupo, respondendo atualmente por 20% do lucro total. O plano prevê o aumento desta participação, com o crescimento de 15% no volume de negócios e a abertura de 400 novas agências em todo o país elevando os lucros de R$ 4,8 bilhões no ano de 2008 para R$ 7,9 bilhões em 2010. Sobre o impacto da crise econômica, Botín fez questão de lançar uma mensagem de otimismo: "As medidas adotadas pelos governos começam a surtir os efeitos esperados e as perspectivas futuras serão melhores do que são hoje", afirmou.
Segundo ele, o Santander não se deixou levar por modismos ou produtos exóticos, ao mesmo tempo em que possui uma grande diversificação de mercados e instrumentos para obter liquidez e uma ampla carteira de ativos líquidos. "Em resumo, somos um banco sólido, eficiente e competitivo, o que mostra força na atual crise financeira", garantiu. "Não pediremos ajuda aos governos porque não precisamos", completou.
Questionado sobre a posição do governo brasileiro, que acusa os grandes bancos de não injetarem na economia os recursos liberados dos depósitos compulsórios, o responsável pelo Grupo Santander Brasil, Fábio Barbosa, justificou que a medida vem sendo cumprida, mas sua complexidade está gerando uma diferença de "timing" entre a ação dos bancos e a vontade do governo. "Este é um procedimento que exige um rigoroso trabalho de avaliação". Segundo Barbosa, o Santander já adquiriu 11 carteiras de crédito de instituições menores, desembolsando cerca de R$ 500 milhões de um total de R$ 2 bilhões disponíveis para essa finalidade.
Mercado Local
Há um ano, o Santander venceu a licitação para administrar a folha de pagamento de 39 mil servidores municipais de Curitiba. Desde então, o banco vem investindo R$ 200 milhões na abertura de 14 novos postos de atendimento, reforma das agências já existentes, instalação de 347 caixas eletrônicos e contratação de 211 novos funcionários. A ampliação do atendimento em Curitiba possibilitou um aumento no volume médio de concessão de crédito mensal da ordem de 660% entre outubro de 2007 a agosto de 2008. No mesmo período, o volume de depósitos e investimentos de clientes teve elevação de 802%.
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