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Cresce também procura por adesivos e jingles
Segundo dados da indústria, um vereador em campanha faz em média 400 faixas, além de imprimir cerca de cem mil santinhos. Os candidatos apostam ainda em adesivos e botons.
Na empresa JB Comunicação Visual, de Maringá, o faturamento já aumentou 60%. "Tive que contratar duas pessoas", declarou o empresário Jairo da Silva, que tem comercializado muitos adesivos para carros.
O momento também é bom para os criadores de jingles. O produtor musical Paulo Machado, da PMP, já acertou a criação de mais de 20 trabalhos para este período eleitoral. A expectativa é de que este número chegue em 50.
O início das campanhas eleitorais está movimentando o mercado gráfico no país. Projeções da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) apontam que as eleições municipais devem gerar um acréscimo de 15% na demanda do segmento promocional. No Paraná, as perspectivas são ainda mais otimistas. Segundo o presidente da Abigraf no estado, Sidney Paciornik, o setor espera crescer de 10% a 30% em função das eleições.
Ele acredita que o maior aumento se dará nas gráficas que estão mais bem equipadas e com capacidade para produção rápida e de qualidade dos materiais relativos à eleição, como "santinhos" e cartazes. "O mercado gráfico é importante para os candidatos à medida que a propaganda impressa é mais barata que as demais mídias, além de servir como uma cola para o eleitor utilizar no momento da votação. Não acredito que o político vá abrir mão deste material e optar somente por mídias eletrônicas", explica Paciornik.
Em Maringá, a procura por gráficas já é bem maior do que em relação aos outros períodos do ano. Na Gráfica Regente, por exemplo, o faturamento neste mês é 20% superior, poucas semanas após as convenções partidárias. O diretor da empresa, Luis Tel, conta que foram investidos cerca de R$ 3,5 milhões em maquinário tornar a empresa mais competitiva.
"A procura aumentou muito e esperamos campanhas com investimento mais pesado este ano. Temos vários candidatos a prefeito em Maringá, mas possivelmente apenas dois devem ter um tempo grande no horário eleitoral. As demais chapas devem investir mais em outras mídias", avalia o empresário, que também espera fechar negócio com candidatos de outras cidades.
A expectativa é de que o quadro de funcionários do setor cresça até 20% no Paraná. Novos turnos estão sendo criados nas áreas de impressão e manuseio em empresas como a Grafsul, de Campo Mourão (Centro-Oeste do estado). A Abigraf não espera grandes alterações no número de empregos, que chega a 220 mil no país.
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