Rio de Janeiro (Das agências) São Paulo lidera o ranking dos estados que mais recebem turistas nacionais e que mais emitem viajantes para o restante do país. O Paraná aparece na sétima posição em número de visitantes, atrás de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, mas à frente de três importantes destinos turísticos do Nordeste Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Os dados fazem parte da pesquisa sobre turismo doméstico, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe) e Ministério de Turismo em 30 mil domicílios urbanos.
De acordo com os resultados da pesquisa, 5,9% dos brasileiros entrevistados apontaram o Paraná como destino de viagem rotineira ou de férias. O estado de São Paulo foi citado por 27% das pessoas. Segundo o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, São Paulo atrai turistas interessados em lazer, trabalho, estudos e cultura. "Todo mundo quer conhecer São Paulo por causa da pujança do estado. A posição estratégica justifica o resultado além da força econômica."
O estudo revelou uma tendência a realizar passeios no próprio estado do viajante. A região Sudeste é a principal emissora, enquanto a Nordeste é a que mais recebe turistas. "São Paulo é como a França, na Europa: 81% dos franceses viajam dentro do país e todo mundo quer ir à França; 78% dos paulistas viajam dentro do estado. E muita gente vai a São Paulo por lazer, trabalho, saúde ou cultura", diz o ministro.
Os primeiros resultados do estudo, que deve ser concluído em abril, mostram ainda que está melhorando a qualidade do turismo realizado no país. De cada dez brasileiros, quatro realizam viagens domésticas. O meio de transporte sofreu mudanças na comparação com dados de 2002: o uso de carro próprio cresceu 24,4% e as viagens de avião, 20,8%, em razão da redução de tarifas das companhias. Em compensação, as viagens de ônibus de linha caíram 25,4%. A maior parte dos brasileiros ainda viaja para ficar na casa de amigos e parentes (54,6%).
A pesquisa mostrou também que o turista de alta renda, que realiza viagens internacionais, evita o mercado doméstico em razão do preço e da segurança. Segundo a pesquisa, 3,9% dos brasileiros realizam viagens internacionais. Houve crescimento de 129,4% em relação aos dados de 2002 em razão do comportamento da taxa de câmbio.