Os paulistanos permaneceram no topo do ranking dos consumidores que pagaram mais caro pela cesta básica em março. Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta segunda-feira (9) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apesar da queda de 1,19% no mês passado, o custo dos alimentos básicos na capital paulista ficou em R$ 273,25, o maior dentre as 17 cidades que fazem parte do levantamento. No primeiro trimestre de 2012, o preço da cesta básica em São Paulo acumula variação negativa de 1,45%, mas, em 12 meses, o aumento é de 2,12%.
O segundo posto ficou com Porto Alegre entre as cidades com o valor da cesta mais elevado. Em março, o preço dos produtos alimentícios básicos na capital gaúcha atingiu, em média, R$ 264 19, o que representou uma queda de 2,01% em relação ao registrado em fevereiro.
Em Belo Horizonte e Vitória o preço da cesta básica ficou praticamente o mesmo no mês passado. Enquanto os mineiros tiveram de gastar R$ 260,93 para comprar alimentos de primeira necessidade em março, os capixabas desembolsaram R$ 260,23. Apesar dos valores terem ficado próximos, vale ressaltar que em Belo Horizonte o custo dos alimentos básicos diminuiu 1,27%, enquanto em Vitória a queda foi maior, de 2,60% em março ante fevereiro.
A cidade de Aracaju foi o local onde o preço da cesta básica permaneceu com o menor valor, de R$ 192,41, apesar do aumento de 2,03% apresentado em março; seguida por Fortaleza, com R$ 211 39. Na capital do Ceará, os alimentos básicos tiveram recuo de 1 33% no mês passado.
Produtos
De acordo com o Dieese, os aumentos dos preços da cesta básica na cidade de São Paulo - que registrou o valor mais alto em março - foram moderados. Segundo o levantamento, do total de 13 itens pesquisados, seis subiram: óleo de soja (1,43%), leite in natura integral (0,82%) e feijão carioquinha (0,42%). Os custos do tomate e da banana nanica tiveram elevação de 0,37%, enquanto o do café teve alta de 0,25% em março.
O preço da batata registrou queda expressiva de 4,89% no mês passado ante fevereiro. Os consumidores também pagaram menos pela carne bovina, que caiu 2,97%. O açúcar refinado (-1,40%) e o pão francês (-0,42%) foram outros itens a apresentar queda de preço em março.
Já no acumulado do primeiro trimestre, o cenário é bem diferente como mostra o Dieese. O valor do feijão, por exemplo, disparou 58,94%. Os paulistanos ainda tiveram de desembolsar mais para adquirir produtos do dia a dia, como café e manteiga, que subiram, respectivamente, 25,35% e 17,56%, no período.
Na contramão, na capital paulista, houve retração nos preços do tomate (-34,22%), batata (-10,26%), farinha de trigo (-2,83%), açúcar (-2,30%) e arroz (-0,52%) entre os meses de janeiro a março de 2012.