O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou neste domingo (29) aumento de impostos e considerou que embora a crise econômica continue sendo "extremamente profunda", as medidas adotadas pelos países conseguiram fazer com que Europa tenha deixado "a beira do precipício".
"As medidas adotadas permitiram a estabilização. Já construímos as bases para a estabilidade financeira do mundo e da Europa", declarou em entrevista pela TV e transmitida em horário de maior audiência por nove canais neste domingo.
Com este discurso, Sarkozy declarou que pretende "prestar contas" aos franceses e descartou a necessidade de um novo plano de economia, porque a França já está "no bom caminho", mas anunciou reformas para "estimular o crescimento sem gastar um centavo", algo que o país, indicou, "não pode se permitir".
Entre as medidas, o presidente francês apresentou um impopular aumento de 1,6 ponto do tipo máximo de IVA, que passará a partir de outubro de 19,6% para 21,2%, e que vai afetar tanto os produtos e serviços franceses quanto as importações.
"Os esforços feitos para reequilibrar os orçamentos deram resultados", revelou Sarkozy na entrevista que precede à cúpula europeia de segunda-feira em Bruxelas e ocorre a poucos meses das eleições presidenciais francesas.
Até agora Sarkozy não comunicou se pretende ou não concorrer à reeleição. Sarkozy detalhou que o déficit público francês chegou a 5,4%, "pode até ser de 5,3" do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, três ou quatro décimos a menos do que a previsão até o momento.
De acordo com a imprensa francesa, com este discurso Sarkozy procura passar uma imagem de presidente "valente", sem medo de decretar reformas polêmicas no fim de seu quinquênio e a menos de três meses das presidenciais.
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