David Neeleman, presidente do conselho da Azul, disse em entrevista ao jornal Valor Econômico que a empresa estuda a possibilidade de comprar a Avianca Brasil em meio a um processo de recuperação judicial (RJ) anunciado na semana passada.
Neeleman tem vasta experiência no setor, e ajudou a criar, ao longo de sua carreira, seis empresas aéreas. Além da Azul, ele esteve no quadro de fundadores da JetBlue e WestJet, e também se envolveu na privatização da portuguesa TAP. Atualmente se prepara para lançar mais uma companhia no mercado americano.
Por ora, apesar da medida anunciada quinta-feira pelo governo, de liberar o capital estrangeiro nas companhias aéreas, Neeleman diz que os planos da companhia aérea para o Brasil estão mantidos. A expectativa é de crescimento de 15% em 2019.
Para analistas do setor, uma eventual confirmação deste negócio pode ser positiva tanto para as empresas diretamente envolvidas como para a concorrência (Gol e Latam).
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Victor Mizusaki, do Bradesco BBI, aposta que a Azul “manterá sua disciplina financeira e só irá adquirir a AVB se a companhia completar sua reestruturação financeira”. O analista manteve recomendação de compra para a Azul.
Já o Morgan Stanley é categórico em afirmar que “o melhor cenário para Gol e Latam é aquele em que a Avianca simplesmente feche”. Ainda assim, “acreditamos que a fusão entre Azul e Avianca pode ter aplicações relativamente favoráveis” às duas concorrentes, porque “a Azul provavelmente reestruturaria a malha combinada para reduzir rotas sobrepostas (e o mercado passaria de 4 empresas para 3).
O plano de recuperação judicial da aérea deve ser apresentado em 60 dias após a solicitação na Justiça. Posteriormente, os credores terão 150 dias para votar se aceitam ou não os termos da empresa. Caso recusem, a Avianca entra com pedido de falência.
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