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Multimídia | Reprodução/Globo
Multimídia| Foto: Reprodução/Globo

Recorrer à "polícia" é possível

O controle do crime no Second Life é complicado. Em algumas ilhas espalhadas pelo ambiente virtual, que podem ser adquiridas pelos milionários do pedaço, há oferta de sexo em cartazes e garotas de programa que abordam os personagens oferecendo seus préstimos. Tirar a roupa no meio da rua? Pode. Mas os controladores do jogo estão sempre em atuação, buscando atividades impróprias.

Na página de estatísticas da "polícia" do Second Life, as ocorrências mais comuns são assaltos com objetos cortantes, atos obscenos em locais públicos e uso de imagens pornográficas em perfis. Os usuários flagrados cometendo as infrações recebem avisos, são suspensos ou banidos, dependendo da gravidade do crime. Um assalto, por exemplo, pode render uma suspensão de sete dias.

Rio de Janeiro – A esta altura do campeonato, o mundo virtual Second Life é a maior sensação da internet. Mas o que muita gente ainda não se deu conta é de que, assim como na "primeira" vida, o ambiente em que as pessoas recriam suas personalidades por meio de avatares tem inúmeros problemas: de drogas a prostituição, passando por (acreditem), terrorismo – até agora, dirigido aos criadores do game. Nada mais natural, haja vista que, mesmo sendo virtuais, os avatares são nada mais que uma representação digital de pessoas reais.

Na semana passada, promotores alemães afirmaram, em entrevista a jornais internacionais, que investigam a atuação de pedófilos dentro do Second Life. São duas linhas de investigação: a primeira diz respeito à venda de imagens pornográficas para usuários menores de idade; a segunda investiga usuários maiores caracterizados, dentro do mundo virtual, como crianças.

Recentemente, uma empresa anunciou a criação do primeiro ambiente virtual "legalize", onde drogas e sexo são liberados. O Red Light Center, da empresa americana Utherverse, é uma espécie de versão adulta do Second Life onde os personagens podem comprar e usar drogas para se divertir. Dentre os entorpecentes usados estão o ecstasy e cogumelos alucinógenos, que deixam os avatares fora de si.

Na verdade, as drogas são pedaços de códigos que, uma vez "instalados", provocam reações nos avatares – estes podem ficar mais agitados, por exemplo. Além das drogas, o sexo é liberado (e estimulado) dentro do Red Light. Para tanto, foram criados motéis, boates e galerias que promovem exposições de arte sexual.

No Second Life também é possível participar de "festas adultas". Mas no universo paralelo criado pela Linden Lab, drogas não são comercializadas às claras – isso não significa, claro, que elas não existam: é possível comprar alucinógenos por preços que variam de um a 50 linden dólares e usá-los em raves promovidas lá dentro a torto e a direito.

Cicciolina virtual

Outra notícia que correu internet afora foi a aparição de uma cafetina no Second Life (chamada Cicciolina) que, além de comandar um time de "meninas de programa", que vendem o corpo virtual em troca de alguns lindens, pertence a organizações criminosas que atuam dentro do universo comercializando armas e entorpecentes.

Se pode? Bem, de acordo com os termos de uso do Second Life, um avatar pode, por exemplo, fazer striptease para arrecadar dinheiro, que podem ser aplicados em outras compras. Há lugares onde esse tipo de atividade é liberada – mas lá é vetada a entrada de menores de idade, assim como é proibido o acesso de maiores a locais criados exclusivamente para crianças.

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