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A Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, notificou a Eletrobras, nesta quarta-feira (16), para prestar esclarecimentos sobre o apagão de energia que afetou 25 estados e o Distrito Federal.
“A Eletrobras tem a obrigação de esclarecer ao povo brasileiro o que aconteceu e qual foi a causa desse apagão. Ela tem que informar ao povo brasileiro que medidas de manutenção e de bom funcionamento a empresa vem adotando para o sistema”, disse o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, em nota.
Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o apagão começou em uma linha da Chesf, subsidiária da Eletrobras, entre Quixadá e Fortaleza, no Ceará. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ainda investiga as causa do apagão.
“O evento zero, que iniciou esse processo, se deu na linha de Quixadá-Fortaleza, no estado do Ceará. Esse evento foi considerado, a princípio, de pequena magnitude. Ele, isoladamente, não era suficiente para causar o colapso do sistema como um todo. A partir desse evento, que aconteceu numa linha da Eletrobras, da Chesf, por um erro de programação. O sistema não se protegeu como deveria ter acontecido e ocasionou uma série de outras falhas, que serão apuradas pela ONS [Operador Nacional do Sistema Elétrico]”, disse Silveira.
No ofício, a Senacon questiona a causa do apagão, as providências tomadas e o plano de contingência da Eletrobras para assegurar a continuidade da prestação de serviços e evitar situações de interrupção no fornecimento de energia elétrica.
"Outro pedido feito pela Secretaria são os investimentos que a Eletrobras tem feito para a manutenção e bom funcionamento do sistema. A concessionária terá o prazo de 10 dias, a partir do recebimento da notificação, para apresentar os esclarecimentos", informou a Senacon, em nota.
Além disso, o Ministério da Justiça solicitou nesta quarta (16) que a Polícia Federal investigue possíveis responsáveis e causas do apagão. A solicitação da pasta atende a pedido do Ministério de Minas de Energia enviado na terça-feira (15).