Mais cedo, o ministro da Agricultura anunciou que Neri Geller havia pedido demissão do governo.| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado.
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O secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller, disse que não pediu demissão do cargo. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou a saída de Geller do governo nesta terça-feira (11). A decisão ocorreu após o leilão para compra de arroz importado ser anulado por suspeitas de irregularidades.

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“Não pedi demissão”, afirmou Geller em entrevista ao jornal O Globo. Mais cedo, o Globo Rural divulgou prints de uma troca de e-mails sobre a exoneração. Em uma das mensagens, Geller pede que o documento seja retificado para não ser publicado com a justificativa “a pedido”. A decisão ainda não foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

O filho do secretário, Marcello Geller, é sócio de Robson Almeida de França, dono da Foco Corretora de Grãos, uma das principais corretoras participantes do leilão. França é ex-assessor de Geller. O secretário nega qualquer irregularidade.

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“Quando o filho dele estabeleceu a sociedade com essa corretora do Mato Grosso do Sul, ele não era secretário. E, portanto, não tinha conflito. Essa empresa não está operando, não está participando do leilão, não fez nenhuma operação e isso é fato também”, disse o ministro da Agricultura.

“Nenhum fato que gere qualquer tipo de suspeita. Mas que, de fato, gerou um transtorno e por isso ele colocou hoje de manhã o cargo à disposição. Ele pediu demissão e eu aceitei”, afirmou Fávaro no início desta tarde. Segundo apuração do Globo Rural, Geller soube da demissão pela imprensa.

Neri Geller foi o interlocutor do presidente Lula (PT) com o agronegócio durante a campanha de 2022.  Ele foi ministro da Agricultura no governo Dilma Rousseff (PT) e é ex-deputado federal.

Governo deve realizar novo leilão

O governo federal anunciou a aquisição de arroz importado em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, um dos principais produtores do cereal no país.

Ao todo, o governo “encomendou” mais de 263 mil toneladas de arroz importado pelo valor de R$ 1,3 bilhão.

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Três das quatro empresas que venceram o certame não eram do setor. O Executivo anulou o leilão e deve elaborar um novo edital para a compra de arroz importado.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]