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na contramão do governo, secretário-executivo do Ministério da Fazenda defende autonomia do BC
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan| Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

Ao representar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em um painel realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça-feira (6), o secretário-executivo da pasta, Dario Durigan, defendeu a autonomia do Banco Central (BC).

Na ocasião, ao falar sobre o fim do mandato do presidente do BC, Roberto Campos Neto, o secretário também defendeu uma transição “sem arroubo político”. 

De acordo com Durigan, é preciso uma transição tranquila para evitar sobressaltos na economia.

Ataques recentes do presidente Lula (PT) à autonomia do BC e ao presidente da instituição foram apontados como motivadores de instabilidade no mercado e como fatores de pressão sobre o preço do dólar.

"Fazer a transição da autoridade monetária também com responsabilidade, sem arroubo político. Somos a favor da autonomia do Banco Central. A autonomia do Banco Central garante que não haja oposição política no Banco Central, que haja diálogo técnico, que haja entendimento, isso é muito importante", disse Durigan no evento.

A declaração de Durigan, em aparente contraste com as posições do presidente Lula, foi dada na presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB).

Na segunda-feira (5), também contrariando o posicionamento do governo, Alckmin disse ser a favor da desoneração da folha de pagamentos dos 17 setores que mais empregam na economia brasileira.

O tema foi judicializado pelo governo após aprovação da desoneração no Congresso Nacional.

A desoneração da folha de pagamentos será discutida no Senado ainda nesta semana, provavelmente na quarta (7), em um acordo com o governo para encontrar uma saída para compensar o que deixa de ser arrecadado com a medida – e que precisa ocorrer antes do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir sobre o tema.

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