O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, lembrou em entrevista à rede Bloomberg nesta sexta-feira (20) que a Argentina e o Brasil já estavam sob um regime de cotas de exportação de aço e alumínio, antes de o presidente Donald Trump anunciar tarifas sobre os produtos desses países. Desse modo, ele disse que a imposição de tarifas é apenas uma opção possível no âmbito da estratégia para lidar com os produtos vindos dessas nações.
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Ross tratou do assunto brevemente, durante entrevista por telefone. Perguntado se a taxação sobre aço e alumínio do Brasil e da Argentina seria o caminho certo a seguir e se seria confirmada, o secretário não respondeu diretamente, mas lembrou que a cota já existia anteriormente para os dois países sul-americanos.
Sobre o acordo fase 1 com a China, Ross informou que o documento está em processo de tradução para o mandarim e em etapa de checagens para evitar quaisquer problemas. Além disso, o secretário afirmou que uma fase 2 deve exigir legislações novas na China e precisa ser elaborada com cuidado, "de modo meticuloso". Ross disse que, se não houver o cumprimento do acordo entre as potências, haverá um período de 90 dias de consultas. "Se não estivermos satisfeitos, podemos impor retaliações unilaterais" inclusive com tarifas, comentou.
Ross ainda defendeu o acordo comercial com Canadá e México, conhecido pela sigla USMCA em inglês. Segundo ele, o pacto garantirá a geração de 75 mil novos empregos no setor automotivo nos EUA. A autoridade ainda garantiu que os fazendeiros serão beneficiados, prevendo que haverá forte apoio ao USMCA no Senado americano.