O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, minimizou o resultado da produção industrial, que teve queda de 2% entre junho e julho deste ano. O número, divulgado nesta terça-feira (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi interpretado por alguns analistas como indicação de resultado negativo no terceiro trimestre do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).
Para o secretário, o que importa, agora, é o crescimento do PIB no segundo trimestre, que ficou em 1,5% , em relação ao trimestre anterior. Ele lembrou que o resultado indica uma recuperação importante da economia brasileira, com o crescimento da produção industrial na comparação feita em 12 meses.
"Portanto, do ponto de vista de médio e longo prazos, entendo que as bases para um retomada do crescimento econômico estão lançadas, e ela [retomada] vai ocorrer. Muito gente é mais ou menos otimista, e isso é normal. Mas o PIB recentemente informado mostra que começa a dar resultado o trabalho de fundamentos que o Brasil vem fazendo para melhorar sua competitividade e ter um conjunto de estímulos à produção", disse o secretário após audiência na Comissão de Assunto Econômicos do Senado.
Para a equipe econômica, esse crescimento vai se manter nos trimestres subsequentes, destacou Arno Augustin. De acordo com o secretário, é cedo para falar em PIB negativo no trimestre atual, que ainda não acabou. "Vamos avaliar o processo. Vamos avaliar os resultados no momento adequado, mas acho precipitado esse tipo de posicionamento."
Em duas hora e meia de audiência na Comissão de Assuntos Econômicos, um dos assuntos abordados pelo secretário foi a dívida pública, incluindo estados e municípios. Arno Augustin reiterou que o Brasil está preparado para enfrentar as dificuldades do mercado financeiro internacional, que, entre outros pontos, têm se traduzido na volatilidade do câmbio e no receio de queda nos investimentos estrangeiros. Ele também apresentou números para convencer os parlamentares de que a economia brasileira tem fundamentos sólidos.
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