Os seguranças que trabalham no transporte de valores com carros-fortes em todo o Paraná iniciam nesta quarta-feira (1º) greve por tempo indeterminado. O motivo é a falta de acordo com as empresas para o reajuste salarial da categoria. A decisão foi confirmada na noite desta terça-feira (31), em assembleia da categoria. A previsão do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte de Valores e Escolta Armada do Paraná (Sindeesfort-PR) é que a maioria das 1,8 mil pessoas que trabalham no setor cruze os braços. Com a paralisação, a distribuição de dinheiro para as agências bancárias de todo o estado deve ser prejudicada.
O presidente do Sindeesfort-PR, Paulo Sérgio Gomes, disse que o impasse surgiu na semana passada, quando foi aprovado, no dia 26 de janeiro, um indicativo de greve . Como a proposta patronal não melhorou, a paralisação foi confirmada. "Não houve nova proposta e mantiveram o que foi ofertado lá atrás, que era a reposição da inflação mais a renovação da convenção coletiva por dois anos." O sindicato pede aumento acima da inflação.
Gomes acredita que o sindicato patronal deve tentar uma nova negociação em breve. "Eu acredito que deve haver uma nova reunião amanhã (quarta) ou na quinta. Estaremos trabalhando com a esperança de que venha uma nova proposta", afirmou.
Dos 1,8 mil trabalhadores do setor, cerca de 1,8 mil fazem a segurança de carros-fortes e outros 600, chamados de tesoureiros, são responsáveis pela montagem de malotes e contagem de dinheiro nas empresas.
Deverá haver mobilização nas principais cidades com sedes de empresas de segurança, como Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Curitiba, Pato Branco, Ponta Grossa, Umuarama, Guarapuava, cascavel e Paranaguá.
Não foi possível conversar com o Sindicato das Empresas de Transporte de Valores do Paraná na noite desta terça-feira.
Vigilância patrimonial
Por outro lado, os funcionários que trabalham com vigilância patrimonial, como os vigilantes que ficam dentro de agências bancárias, aceitaram a proposta patronal e fecharam acordo de reajuste salarial na noite desta terça-feira (31). De acordo com o Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana, cerca de 70% dos trabalhadores presentes na reunião da categoria concordou com o acordo.
O secretário geral do Sindicato dos Vigilantes, Ademir Pincheski, disse que a proposta foi aceita porque representou ganhos acima da inflação. "O reajuste total na massa salarial foi de 11,78%. Como a inflação no período (janeiro de 2010 a janeiro de 2012) deve fechar em 5,72% tivemos um aumento de 6,06% acima da inflação", argumentou.
Pelo acordo, o piso salarial dos vigilantes patrimoniais subiu 6,94% e passou para R$ 1.140,00. Já o adicional de risco de vida subiu 34,3% e passa a ser de R$ 180 por mês. O vale alimentação subiu 19,2% e será de R$ 15,50 por dia trabalhado, a partir de fevereiro.
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