O vazamento de petróleo no Golfo do México está motivando uma queda de braço entre operadoras de sondas de perfuração e seguradoras. No mercado já se percebe dificuldades nas renovações de apólices, enquanto se contabiliza os prejuízos do acidente com a sonda Deepwater Horizon, que provocou o derramamento de pelo menos cinco milhões de barris de petróleo no litoral americano. A expectativa é que os prêmios de seguros subam até 50%.
"Ninguém está querendo fechar contratos de longo prazo agora. As seguradoras estão adiando ao máximo as negociações", diz um executivo do setor, que pediu para não ser identificado. Procuradas, três empresas com sondas trabalhando na costa brasileira confirmaram as dificuldades e dizem temer pelo aumento de preços. O Brasil é hoje líder na perfuração de poços petrolíferos em águas profundas.
As sondas de perfuração têm dois tipos de apólice: uma que cobre a embarcação e outra de responsabilidade social, que cobre eventuais danos a terceiros e ao meio ambiente. No caso da Deepwater Horizon, o mercado espera um prejuízo às seguradoras entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões, uma vez que a British Petroleum (BP) pagará do próprio caixa grande parte do prejuízo com as operações de limpeza, multas e danos provocados a terceiros, estimado em mais de US$ 30 bilhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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