O mercado de seguros de pessoas, que engloba apólices de vida, educacional, funeral e outros, arrecadou R$ 2 bilhões em agosto, montante quase 13% superior ao visto no mesmo período do ano passado, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi). Foram pagos no mês R$ 542,6 milhões em indenizações aos segurados.
Os seguros de vida continuaram como a modalidade de maior representatividade na indústria ao movimentar R$ 858,2 milhões em agosto, alta de 8,85% frente ao mesmo mês de 2012. "O desempenho deste seguro está diretamente relacionado ao crescimento da renda do brasileiro e à importância do produto para manutenção do padrão de vida dos dependentes na ausência do provedor", explica Osvaldo do Nascimento, presidente da Fenaprevi, em nota ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.
O auxílio funeral, um dos segmentos que mais crescem na indústria do seguro de pessoas não só pela demanda, mas também em meio à baixa penetração no Brasil, totalizou R$ 22,6 milhões em prêmios, com avanço de 56% em agosto ante mesmo período do ano passado. A apólice prevê a cobertura de despesas de sepultamento e afins.
O seguro funeral deve ganhar um impulso nas vendas com as novas normas para as apólices no varejo, que estão na pauta da próxima reunião do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), nesta quinta-feira, 24. Atualmente, boa parte deste tipo de proteção é comercializada por funerárias e não tem regulação da Superintendência de Seguros Privados (Susep). "É um mercado marginal que queremos regularizar", disse o superintendente da autarquia, Luciano Portal Santanna, na terça-feira, 22.
Além das apólices de auxílio funeral, outra modalidade que, segundo a Fenaprevi, tem apresentado forte expansão é o seguro educacional, que garante o pagamento de mensalidade da escola no caso de morte, invalidez ou perda do emprego do segurado responsável financeiro pelo aluno. O segmento cresceu em agosto quase 56% em relação ao mesmo mês de 2012, com R$ 2,4 milhões em arrecadação.
Já o seguro prestamista, que garante a quitação de uma dívida no caso de morte ou invalidez ou até mesmo desemprego involuntário do segurado, cresceu 24%, totalizando R$ 574,5 milhões em prêmios. "O prestamista está relacionado diretamente ao aumento do consumo e do crédito no varejo", lembra Nascimento.
Ranking
A liderança do ranking das empresas de seguros de pessoas em agosto ficou nas mãos do grupo BB/Mapfre, com 18,67% de participação. Em seguida, veio a Bradesco Seguros, com 17,74%. Itaú ficou com a terceira colocação ao atingir market share de 13,63%. Zurich Santander e Caixa vêm em seguida com 8,99% e 4 84%, respectivamente.
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