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Benefício

Seguro-desemprego é ampliado

O Ministério do Trabalho liberou o pagamento de duas parcelas adicionais do seguro-desemprego para 103.077 trabalhadores demitidos sem justa causa em dezembro de 2008 – naquele mês, 650 mil pessoas perderam suas vagas. As demissões, na avaliação do governo, teriam sido consequência direta da crise internacional. No Paraná, a medida vai valer para 3.327 pessoas. Os setores beneficiados no estado foram os de material de transporte, com 1.634 pessoas, indústria de papel, papelão, editorial e gráfica (548) e químico de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria (1.145).

Ao todo, 42 subsetores da economia, em 16 estados, foram incluídos na lista de ampliação do benefício. O gasto estimado com a medida é de cerca de R$ 126 milhões. O critério adotado pelo Ministério do Trabalho foi a comparação da média, entre 2003 e 2009, da evolução do emprego formal de cada subsetor de atividade, com base no movimento dos meses de dezembro, janeiro e fevereiro últimos.

"Quem tinha direito a três meses de seguro-desemprego, receberá cinco. Quem receberia cinco, contará com sete. Caso o trabalhador já esteja novamente empregado, a ampliação será suspensa", disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, acrescentando que o pagamento extra será automático.

Em São Paulo (44.312) e Minas Gerais (41.412) estão 82,6% do total de trabalhadores beneficiados. Além do Paraná, Espírito Santo (4.108), Santa Catarina (3.155), Rio Grande do Sul (2.753) e Amazonas (2.399) têm o maior número de pessoas que se encaixam no perfil dos que terão o seguro-desemprego estendido.

O ministro acredita que não haverá mais necessidade de ampliação do benefício. Para Lupi, antes e depois de dezembro de 2008 as grandes demissões ocorreram em casos mais isolados. Com isso, para a grande maioria dos demitidos, continua valendo a regra que o prevê o pagamento de até cinco parcelas, de acordo com o tempo de trabalho.

Elogios tímidos

Como a medida irá beneficiar apenas 15% dos demitidos no fim do ano passado, as centrais sindicais teceram elogios tímidos à decisão. A Força Sindical avaliou que a ampliação do número de parcelas do seguro-desemprego poderá amenizar a situação econômica dos trabalhadores desempregados, mas defendeu que a medida seja estendida a todos os trabalhadores que perderam o emprego. "É preciso sensibilidade e estender este amparo social", afirmou o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.

Avaliação semelhante foi feita pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. "A limitação das parcelas para apenas um grupo de desempregados impede que a medida atinja o seu real objetivo, de dar amparo social de maneira ampla", afirmou o presidente da entidade, Miguel Torres.

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