Seis bancos estão avaliando os números do Cruzeiro do Sul, que está sob intervenção do Banco Central (BC) desde o início de junho e foi posto à venda pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Quatro deles já fizeram reuniões com o Fundo para tirar dúvidas e outros dois agendaram encontros. Os nomes dos interessados são mantidos sob sigilo.

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Há exatos 13 dias, o fundo garantidor apresentou ao mercado um plano para tentar evitar a liquidação do Cruzeiro do Sul. O FGC está propondo aos credores do banco que aceitem vender seus papéis com um desconto médio de cerca de 50%. A maioria das dívidas – R$ 3,3 bilhões de um total de R$ 5,68 bilhões – está nas mãos de investidores estrangeiros. A liquidação só será evitada se duas condições forem atendidas: no mínimo 90% de adesão ao plano de desconto de dívida e uma proposta firme para a compra da instituição. No dia seguinte ao anúncio, o Fundo disparou e-mails para cerca de 20 instituições financeiras que teriam capacidade de comprar o Cruzeiro do Sul se quisessem.

O plano tem sido duramente criticado por investidores estrangeiros desde que foi anunciado. Muitos vêm dizendo que não vão aceitar o deságio proposto. Nos bastidores, apostam que a pressão fará com que o Fundo melhore sua oferta. "Não há hipótese de renegociação", afirma o diretor executivo do FGC, Antonio Carlos Bueno. "É isso ou é isso."

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O presidente do Cruzeiro do Sul desde a intervenção, Celso Antunes, é direto. "Sa­bemos que dói, mas é o menos pior para todo mundo. A alternativa é entrar na massa falida, pegar uma fila e esperar anos para receber – se conseguir receber" , diz.

Investidores que aceitarem a proposta até o fechamento do mercado nesta amanhã terão um prêmio: o desconto sobre a dívida será menor.