A decisão tomada nesta quarta-feira pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, de cortar a Selic em 0,5 ponto porcentual, para 8,5% ao ano, aciona o uso da nova fórmula de remuneração da poupança. A partir de agora, o investimento mais popular do país, e que abrange a população de mais baixa renda, passa a ser remunerado por uma taxa equivalente a 70% do juro básico, mais a variação da Taxa Referencial (TR), que é calculada diariamente pelo Banco Central.
Atualmente, a Medida Provisória (MP) que muda o rendimento da poupança está em análise no Congresso e já recebeu mais de 20 emendas parlamentares, a maior parte delas tentando excluir os depósitos de baixo valor do novo formato de rendimento. Até agora, a caderneta remunerava o poupador em 0,5% ao mês, mais TR.
O propósito do governo ao alterar a fórmula de rendimento da poupança foi eliminar um empecilho importante para a queda das taxas de juros no Brasil. O assunto foi discutido por diversas vezes, em diferentes governos, mas a alteração nunca tinha sido colocada em prática, apesar de haver um consenso de sua necessidade.
- Governo precisa melhorar setor produtivo, dizem entidades
- Queda da Selic terá pouco impacto sobre juros do crédito, diz Anefac
- Em decisão histórica, taxa básica cai a 8,5% ao ano
- Caixa Econômica pode voltar a cortar juros, se Copom baixar Selic
- Provável queda da Selic deve reduzir ganhos da poupança